O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas suspeita que o baixo índice de oxigênio dissolvido e elevados índices de sedimentos suspensos associados à actividade de dragagem no canal de navegação e as escavações para a colocação da fibra óptica são algumas das hipóteses que explicam o surgimento de várias espécies de peixe morto na Baía de Maputo, desde o passado fim-de-semana. A mesma instituição suspeita igualmente de possíveis descargas de água doce dos rios que desaguam na Baía, as quais terão reduzido potencialmente os teores de salinidade.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas informa que, ao tomar conhecimento da ocorrência, iniciou investigações através do Instituto Oceanográfico de Moçambique (InOM), envolvendo outras instituições do próprio ministério, assim como a academia, a sociedade civil e pescadores, organizados pelos Conselhos Comunitários de Pescas (CCP).
O comunicado refere que as investigações ainda prosseguem e apela à população, em particular os pescadores para colaborar com os técnicos que estão no terreno, providenciando informação que possa contribuir para o apuramento das causas do incidente. Apela ainda para o não consumo do peixe que aparece morto tanto na praia como no mar. Desde o passado fim-de-semana, foram vistas na Baía de Maputo várias espécies de peixe morto arrastadas do mar, causando várias interpretações.
Refira-se que fenómenos de género têm acontecido na Baía de Maputo, porém, em proporções de menor dimensão, tendo sido na maioria dos casos associados às descargas de água doce dos rios que desaguam na Baía. (Carta)