A Associação dos Leprosos de Moçambique, delegação de Cabo Delgado, manifesta preocupação devido à falta de localização e contacto de membros e doentes da lepra, desde o início dos ataques terroristas em Outubro de 2017.

O Presidente da ALEMO em Cabo Delgado, Manuel Maliquito, expressou a preocupação esta terça-feira, na cidade de Pemba, na celebração do Dia Mundial da Luta Contra Lepra. Ele disse que na província havia sido inscrito um universo de 1800 pacientes, devidamente acompanhados pelas autoridades sanitárias, nos centros de saúde e nas respectivas comunidades.

Contudo, segundo Manuel Maliquito, 400 pacientes não constam dos últimos levantamentos e considera que terão desaparecido durante os ataques terroristas, não se sabendo se terão sido mortos, desaparecidos, raptados ou deslocado para outros pontos do país. Pela mesma razão, o representante dos leprosos em Cabo Delgado diz ser difícil explicar se estão a receber tratamento e devido acompanhamento sanitário para a cura da doença.

Em 2022, as autoridades de saúde em Cabo Delgado notificaram 568 novos casos de lepra, sobretudo nos distritos de Namuno, Balama e Montepuez, mais a sul da província. Actualmente, a taxa de incidência é de pelo menos duas pessoas em cada dez mil habitantes. (Carta)