As autoridades reguladoras de medicamentos em Moçambique já destruíram cerca de 10 mil unidades de cosméticos desde o mês de Setembro, por conter substâncias com potencial risco para a saúde das pessoas.
Segundo a Inspectora da Autoridade Nacional de Medicamentos de Moçambique (Anarme), Sheila Mercis, que falava em entrevista à Lusa, à margem da mais recente incineração, de um lote de 1000 embalagens recolhidas nos mercados do país, as queimas iniciaram desde que foi emitido um alerta da União Europeia (UE), a 02 de Setembro último.
Dos cosméticos incinerados, constam champôs de cabelo, cremes e vaporizadores, gel de banho, que contém substâncias denominadas (butilfenil-metilpropional e piritiona de zinco) que podem provocar problemas de infertilidade, além de serem tóxicos para a reprodução.
"Estamos a queimar estes produtos para garantir que nos mercados não haja nenhuma unidade dos mesmos à venda’’, garantiu Paulo Aguiar, director técnico e logístico da Medis Moçambique, do grupo farmacêutico português Azevedos, que faz importação de medicamentos, marketing, distribuição e retalho no país.
Segundo Aguiar, os referidos cosméticos já foram revistos pelos fabricantes e as novas formulações foram submetidas à Anarme para aprovação, para que possam ser importados novamente sem as referidas substâncias de risco. (Marta Afonso)