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terça-feira, 13 dezembro 2022 09:16

Funcionários da UEM reivindicam atraso do salário de Novembro e o não pagamento da TSU

Membros do Corpo Técnico Administrativo (CTA) iniciaram uma manifestação pacífica, na manhã desta segunda-feira, em reivindicação do salário de Novembro que até hoje não foi pago.

 

À ''Carta'', os funcionários contaram que os atrasos salariais se têm verificado desde que o Governo iniciou, no mês de Julho, com a discussão sobre o pagamento com base na Tabela Salarial Única (TSU), no entanto, para o mês de Novembro as coisas estão piores.

 

Os funcionários afirmam que, no fim do mês de Novembro, a direcção da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) emitiu um comunicado dando conta de que estavam a atrasar com os salários porque pretendiam incorporar os funcionários na legislação recentemente aprovada, no âmbito da TSU, no sentido de se pagar os salários de Novembro com base na nova tabela. Mas, para o espanto dos funcionários, na última quinta-feira, foram informados através de um comunicado que o sistema não estava a gerar os salários dos funcionários da UEM com base na nova tabela por conta de algumas irregularidades, assim sendo, no fim da tarde da sexta-feira alguns funcionários começaram a receber seus salários de Novembro, mas com base na Tabela Salarial Antiga.

 

“Decidimos parar com as actividades nesta segunda-feira porque exigimos alguma explicação da direcção da Universidade ou da Direcção das Finanças. Eles devem dizer-nos o que está a acontecer, porque estamos a receber salários atrasados e com a Tabela Salarial Antiga e não é o que esperávamos depois de muito tempo”.

 

Os funcionários abandonaram os seus postos de trabalho e reuniram-se num dos campos da UEM. Alegam que os poucos que tiveram salários na sexta-feira foi porque a direcção teve informações de que os mesmos entrariam em greve nesta segunda-feira.

 

“Até aqui existem colegas que ainda não tiveram o salário do mês de Outubro e o salário de Novembro também está a ser pago a conta-gotas e nós não temos nenhuma explicação”.

 

O grupo diz que já não tem uma data fixa de salários e com isso tem estado a endividar-se para suprir algumas despesas. No entanto, o Director das Finanças da UEM garantiu que ainda este ano, quase a findar, os funcionários serão pagos o salário de Novembro, Dezembro e os respectivos retroactivos de cinco meses e não vai transitar para 2023.

 

Refira-se que por conta da greve dos funcionários da UEM, muitos departamentos, inclusive a Biblioteca Central Brazão Mazula, decidiram encerrar as portas e não trabalhar nesta segunda-feira. (Marta Afonso)

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