Quatro raparigas de 16 anos de idade eram forçadas a manter relações sexuais, desde o ano passado, com homens mais velhos, por uma cidadã de nome Ângela Cristina Cossa, no bairro da Mafalala. Uma das vítimas, Marina Ester, de 16 anos, contou, de olhos cheios de lágrimas, que elas interrompiam os estudos, saíam das suas casas com destino à Mafalala para visitar amigas e acabavam involuntariamente na prostituição a troco de 300,00 Mts, que eram entregues à dona da casa. Ângela Cossa era quem, alegadamente, fazia buscava a "clientela" e negociava os preços.
Graças à intervenção dos vizinhos e do tio de uma das menores, de nome Januário Mariquene, na tarde desta terça-feira (26), a “exploradora” foi denunciada e levada à 12ª Esquadra no Bairro da Maxaquene. Uma das menores confirmou que, para manter relações sexuais, eram drogadas por meio de um refrigerante.
Por sua vez, Ângela Cossa, a cidadã indiciada de obrigar as meninas a prostituírem-se, disse à nossa reportagem que o seu maior erro foi de não ter informado à Polícia que abrigava menores em sua casa, mas nunca as obrigou a manter relações com homens mais velhos. “Apenas lhes dava abrigo”. Segundo o porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Maputo, Leonel Muchina, a alegada proxeneta foi encontrada em flagrante delito. (Marta Afonso)