Cinco dias depois da entrada em vigor dos novos preços dos combustíveis, transportadores e Governo sentam-se à mesma mesa, esta segunda-feira, para discutirem possíveis soluções para evitar o alegado “colapso” do sector.
Segundo o Presidente da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane, o reajuste feito recentemente aos preços dos combustíveis coloca em causa a sobrevivência do sector dos transportes, havendo já operadores que ponderam “arrumar” as suas viaturas.
“O recente reajuste do preço do combustível é demasiado para reajustarmos o preço em dois meticais ou três meticais. Isso, para nós, não é sustentável e nem é suficiente para cobrir as despesas dos nossos transportes. Mas, se tivermos também que aumentar o preço do transporte para acomodar os transportadores poderá sufocar o cidadão, tendo em conta o actual custo de vida que não favorece. Então, temos que encontrar melhores soluções que beneficiem a todos”, explicou Castigo Nhamane.
Segundo Castigo Nhamane, um dos problemas que aflige os seus associados, neste momento, não é apenas a subida dos preços dos combustíveis, mas a dificuldade que estes encontram para garantir a manutenção dos seus autocarros. Alega que os custos de aquisição dos acessórios são elevados, o que encarece as operações.
Refira-se que o último reajuste, na ordem de 3 a 5 Meticais nos transportes urbanos e de 50 a 200 Meticais, nos transportes interprovinciais, foi efectuado em Janeiro último, após a subida dos preços dos combustíveis em Outubro passado. (Marta Afonso)