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quarta-feira, 09 março 2022 04:36

Mocímboa da Praia volta a comemorar seu Dia

A vila Municipal de Mocímboa da Praia, no norte da província de Cabo Delgado, voltou a celebrar o seu aniversário de elevação àquela categoria, depois de ter falhado acto igual em 2021, depois de os terroristas terem tomado o controlo da vila em Agosto de 2020 (foi liberta em Agosto de 2021). Nesta segunda-feira, Mocímboa da Praia completou 63 anos de elevação à categoria de vila e a data não passou em branco.

 

O Governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo; o Presidente do Município, Cheia Carlos Momba; e cerca de cinco dezenas de funcionários públicos dirigiram-se à Praça dos Heróis locais para depositar uma coroa de flores, em memória aos que tombaram durante a luta de libertação.

 

Falando por ocasião da efeméride, o Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, garantiu estar para breve o regresso de toda a população daquele distrito e que já foram criadas as condições de segurança, assim como foram restabelecidos os serviços sociais básicos, como o abastecimento de água potável e o fornecimento de energia eléctrica.

 

Já o Presidente do Conselho Municipal de Mocímboa da Praia, Cheia Carlos Momba, lamentou o facto de os ataques terroristas terem retardado o desenvolvimento daquele distrito, que era o principal pulmão da economia da região norte da província de Cabo Delgado.

 

Recorde-se que a vila de Mocímboa da Praia foi alvo de três ataques terroristas, sendo que o primeiro ocorreu no dia 5 de Outubro de 2017, marcando o início dos ataques terroristas. O segundo teve lugar no dia 23 de Março de 2020 e o terceiro ocorreu entre os dias 5 e 12 de Agosto de 2020, tendo culminado com a ocupação daquela vila, que só foi recuperada a 8 de Agosto de 2021, após a entrada das tropas ruandesas.

 

No entanto, no último domingo, iniciou o processo de movimentação da população que se encontrava refugiada no vizinho distrito de Palma, no âmbito do regresso à vida normal naquele ponto do país. Porém, alguns deslocados que se encontram na cidade de Pemba exigem colaboração das Forças de Defesa e Segurança (FDS) para que o regresso não represente mais luto e dor nas famílias. (Carta)

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