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terça-feira, 01 março 2022 08:46

SERNIC desmantela cativeiros e captura quatro supostos sequestradores

Group 917

Cinco dias depois de ter apresentado três supostos sequestradores na capital do país, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) volta a mostrar serviço. Esta segunda-feira, coube à Delegação do SERNIC na província de Maputo assumir o protagonismo, tendo convocado a imprensa para apresentar novos supostos sequestradores e os dois prováveis cativeiros usados pelos criminosos para prender os seus reféns.

Da Matola, o país foi apresentado quatro cidadãos moçambicanos que, supostamente, se dedicam aos crimes de raptos e sequestros. Os mesmos integram alegadamente uma quadrilha composta por cinco elementos, sendo que o suposto líder encontra-se na África do Sul. O SERNIC garante estar a trabalhar no sentido de localizar o referido indivíduo.

 

Segundo o porta-voz do SERNIC na província de Maputo, Henriques Mendes, um dos detidos era responsável pelo reconhecimento das vítimas, controlo dos seus movimentos e identificação e arrendamento de casas, onde as vítimas eram colocadas. Toda a logística, diz a fonte, era financiada por um indivíduo que, neste momento, se encontra na África do Sul.

 

“Um outro membro do grupo, tivemos conhecimento de que, no último rapto, ocorrido no dia 07 de Fevereiro, contra um empresário, em que foi usada uma das viaturas de marca Toyota Ractis, foi o mesmo cidadão que levou a mesma viatura para África do Sul com intuito de tentar dificultar as investigações”, explicou Mendes.

 

Mendes disse ainda que o grupo terá usado também uma viatura de marca Nissan X-Trail, cuja proprietária integra o grupo e que, posteriormente, terá criado condições para transformá-la e vendê-la na província de Manica.

 

Segundo o SERNIC, dos quatro indivíduos detidos, dois são tidos como agentes operativos, tendo supostamente participado em cinco raptos, dois ocorridos no dia 07 de Outubro do ano passado (contra o médico Bassith Gani e um empresário) e outros ocorridos em Dezembro (contra uma funcionária da Embaixada de Portugal e um empresário).

 

“Importa realçar que, quanto ao último rapto ocorrido, há indícios do envolvimento deste mesmo grupo e, neste momento, ainda estamos a trabalhar no sentido de identificar o referido cativeiro onde o mesmo se encontra”, disse Mendes, sem avançar em que circunstâncias os suspeitos foram detidos. (Marta Afonso)

 

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