“Esta guerra pode levar-nos um ano, dois anos, três anos, não sabemos. O que nós queremos é o aniquilamento total do inimigo. Se isto durar uma semana, estaremos felizes”. Esta foi a mensagem deixada pelo Comandante do ramo do Exército das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Cristóvão Chume, em mais uma jornada de patrulhamento no distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
Segundo Chume, que se encontra há mais de um mês no distrito de Mocímboa da Praia a liderar as operações de restabelecimento da ordem e segurança naquele ponto do país, as FADM não podem estar eufóricas com os resultados até aqui conseguidos, mas sim “optimistas”, pois, “vamos continuar com este exponencial de combate e acreditamos que o inimigo, no tempo que for necessário, vai ser derrotado”, garantiu a fonte.
De acordo com o Comandante do ramo do Exército, com os resultados das operações realizadas pelas tropas conjuntas de Moçambique e Ruanda e pela tropa da SADC, actualmente, os terroristas atacam aldeias à busca de comida, entretanto, garante que “nós queremos cortar todas as linhas de comunicação do inimigo”.
A fonte reconhece haver possibilidade de os terroristas ainda permanecerem nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, devido à natureza da região, pois, “estamos a operar no Teatro bastante desafiador”, caracterizado por uma floresta densa e “espaços desabitados enormes”.
Sublinhe-se que as tropas moçambicanas e ruandesas mantêm o controlo da vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia desde o passado dia 08 de Agosto, um ano depois de aquela sede distrital ter ficado nas mãos dos terroristas.
Refira-se que os ataques terroristas já causaram a morte de mais de duas mil pessoas, entre civis, militares e terroristas. Mais de 800 mil pessoas também se encontram deslocadas das suas zonas de origem desde Outubro de 2017. (O.O.)