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quarta-feira, 07 julho 2021 04:13

Transportadora admite “erro humano” em acidente que matou mais de 30 pessoas em Moçambique

A transportadora Nhancale, proprietária do autocarro de passageiros, envolvido no acidente de viação que matou 32 pessoas em Moçambique, admitiu ontem que um "erro humano" pode ter propiciado o sinistro e prometeu assistência às vítimas.

 

"O que aconteceu connosco não é uma coisa impossível. Aceitamos que o erro humano terá influenciado negativamente [para a ocorrência do acidente]", disse Arnaldo Abel, representante da transportadora Nhancale, em declarações a jornalistas.

 

O acidente ocorreu na noite de sábado, no distrito da Manhiça, ao longo da Estrada Nacional Número 1, a principal do país, envolvendo dois camiões e um autocarro da transportadora Nhancale, que tentou fazer uma ultrapassagem irregular, embateu num dos camiões e capotou, segundo as autoridades.

 

Na sequência, 32 pessoas morreram, 31 das quais no local, outras 28 ficaram feridas e, destas, 12 em estado grave, um desastre considerado pelas autoridades como o pior de sempre em Moçambique.

 

O representante da transportadora garantiu assistência às vítimas, tendo sido já assistidas pelo menos seis famílias, avançou Arnaldo Abel, referindo que há corpos que precisarão ser transladados para a cidade da Beira, no centro do país.

 

O Conselho de Ministros de Moçambique decretou luto nacional de dois dias, a partir de quarta-feira, anunciando a criação de uma comissão de inquérito para investigar o acidente.

 

Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente em acidentes de viação em estradas moçambicanas, segundo dados avançados à Lusa, em Maio, pela Associação Moçambicana para Vítimas de Acidentes de Viação (Amviro).

 

Em 2020, o país registou o número mais baixo de fatalidades nas estradas dos últimos 10 anos (855 óbitos), um dado associado às restrições impostas pela covid-19. (Lusa)

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