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terça-feira, 01 junho 2021 06:18

Economia cresce no primeiro trimestre contrariando previsões negativas do Banco Central

O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) apresentou uma variação positiva de 0.12% no primeiro trimestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano 2020, revelou esta segunda-feira (31 de Maio) o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Dados da autoridade detalham que o desempenho positivo da actividade económica é atribuído, em primeiro lugar, ao sector primário que cresceu em 0.25%, com maior destaque para o ramo da agricultura, pecuária, caça, silvicultura e exploração florestal com cerca de 4.84%, seguido pelo ramo da pesca com 1.26%, apesar do desempenho negativo do ramo da indústria de extracção mineira com menos 18.02%.

 

Na segunda posição, o INE diz que contribuiu para o crescimento do BIPpm o sector terciário, em que se destacou o ramo dos serviços financeiros, ao registar um desempenho positivo de 2.27%. Os restantes ramos, nomeadamente, hotelaria e restauração, transportes e comunicação e comércios registaram variações negativas de 15.13%, 9.64% e 0.86%, respectivamente. No geral, o sector terciário registou uma variação de menos de 1.11%.

 

 “O sector secundário, que decresceu em 3.05%, com maior destaque para o ramo de construção com uma variação de menos 8.41%, seguido pelo ramo da indústria manufactureira com menos 2.33% e do ramo da electricidade, gás e distribuição de água com cerca de menos 2.21%”, lê-se no comunicado.

 

Em termos de peso dos sectores, a autoridade estatística descreve que os ramos da agricultura, pecuária, caça, silvicultura, exploração florestal, actividades relacionadas tiveram uma maior participação na economia com peso conjunto no PIB de 23.52%, seguido pelo de comércio e serviços de reparação com 10.28%.

 

Em seguida, o INE destaca o peso dos ramos de transportes, armazenagem e actividades auxiliares dos transportes e informação e comunicações com uma contribuição conjunta de 9.21%, seguido do ramo da indústria transformadora, que teve um peso de 8.38%.

 

“O ramo da educação, aluguer de imóveis e serviços prestados às empresas, indústria de extracção mineira, administração pública, pesca e aquacultura com pesos de 6.05%, 5.05%, 4.67%, 3.48% e 1.23%, respectivamente. Os restantes ramos de actividade tiveram em conjunto um peso de 28.14%”, conclui a fonte.

 

Refira-se que o Banco de Moçambique antevia, até Março último, um cenário de desaceleração da actividade económica do país, sustentado pelo “impacto dos choques climáticos que afectaram o país no princípio do ano, reposição das medidas restritivas a nível doméstico e em alguns parceiros comerciais, em face do aumento do número de infecções por Covid-19, no princípio do ano e o abrandamento na implementação das actividades  dos projectos de gás natural na bacia do Rovuma”.

 

Entretanto, para o segundo trimestre de 2021, o Banco Central perspectiva que o país observe “uma modesta melhoria na actividade económica”, justificada pela “retoma gradual da economia global e doméstica, em face da contenção das infecções por Covid-19, associada à tendência de aumento dos preços das principais mercadorias de exportação”. (Evaristo Chilingue)

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