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sexta-feira, 05 março 2021 04:45

Covid-19: Retomam as aulas presenciais em todos os subsistemas de ensino

Foi preciso esperar um ano para que os alunos da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª, 9ª e 11ª classes regressassem à escola, afim de retomarem as suas aulas, interrompidas no dia 20 de Março de 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. Aliás, estes regressam às escolas para frequentarem as classes subsequentes, em virtude de terem passado de classe (decisão administrativa) no ano lectivo de 2020, mesmo sem terem sido avaliados e muito menos estudado.

 

Esta quinta-feira, em mais uma Comunicação à Nação, no âmbito do Estado de Calamidade Pública (em substituição do Estado de Emergência), decretado em Agosto último, devido à propagação do novo coronavírus, o Chefe de Estado anunciou a retoma das aulas presenciais em todas as instituições de ensino primário, secundário, técnico-profissional, formação profissional e superior.

 

Sem detalhar as razões que levaram à tomada desta decisão, Filipe Jacinto Nyusi afirmou que, entre Outubro de 2020 e Janeiro de 2021, período em que foram retomadas as aulas presenciais da 10ª, 12ª e, mais tarde, 7ª classes, houve um registo de 1.380 infecções de estudantes e professores, equivalente a 4,6% do total das infecções reportadas neste período, sendo que nenhum dos infectados teve sintomas graves, para além de que não há evidências de que os mesmos se tenham infectado nos estabelecimentos de ensino.

 

Segundo o Presidente da República, dependendo da evolução epidemiológica ou da capacidade de cumprir com as medidas de prevenção recomendadas, algumas instituições de ensino ou regiões do país poderão interromper as suas actividades lectivas presenciais ou iniciá-las a posterior.

 

Assim, a 22 de Março próximo, data em que o país assinala a passagem do primeiro ano após o diagnóstico do primeiro caso do novo coronavírus no país, as escolas irão reabrir os seus portões para receber os alunos, sejam eles do curso diurno, assim como nocturno.

 

Lembre-se que, em entrevista à “Carta”, a porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Gina Guibunda, admitiu que não havia “Plano B” para a retoma das aulas, caso o Governo não reabrisse as escolas, pois, “não há condições para darmos aulas online”, uma modalidade de ensino ensaiada no princípio da pandemia.

 

Segundo Gina Guibunda, o ano lectivo de 2021 terá duração de 33 semanas (menos cinco que as habituais), sendo que o mesmo irá terminar em Dezembro próximo. Explicou ainda que as turmas serão divididas, sendo que alguns alunos far-se-ão presente à escola de forma intercalada. (A.M.)

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