Moçambique deve garantir uma área de pelo menos 25 km de segurança do projeto de gás na península de Afungi, disse o CEO da Total, Patrick Pouyanne, num comunicado em 9 de Fevereiro. O acordo da Total com o governo é que o governo deve garantir a segurança naquele cordão de 25 km de perímetro e isso deve ser feito antes que o pessoal retome o trabalho. Pouyanne disse que deveria haver 10.000 trabalhadores em Afungi, mas há apenas 1.000 lá agora. Se o trabalho puder ser retomado antes do final de Março, a produção de GNL ainda poderá começar como planeado em 2024.
“Se, no terreno, as Forças Armadas e a polícia conseguirem retomar o controle da área que combinamos juntos, acho que até o final do primeiro trimestre poderemos reiniciar os trabalhos. É esse o objectivo que nos propusemos em conjunto com o governo”, disse.“ A minha maior prioridade é a segurança dos funcionários que trabalham no terreno em Moçambiquea".
A Total retirou sua equipa quando os insurgentes chegaram aos portões do projeto em 1 de janeiro. A zona de segurança de 25 km incluiria toda a cidade de Palma e a sua baía, duas ilhas offshore e a sul do projecto, passando por Olombe. Houve combates graves nesta área em Novembro e Dezembro e não está claro se a polícia e os militares podem criar esse cordão de segurança no próximo mês. Mas a Mocímboa da Praia está fora do cordão, por isso não tem de ser recapturada imediatamente. Mas Pouyanne acrescentou que, idealmente, toda a província de Cabo Delgado deve estar segura. (Carta)