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O Administrador do Distrito do Ibo, na província de Cabo Delgado, Issa Tarmamade, defende que a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) pode ser “ouro sobre o azul” para aquele distrito insular, um dos afectados pelos ataques terroristas e pelos efeitos do ciclone Kenneth.
Falando esta segunda-feira, em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, por ocasião do lançamento daquela instituição, que será responsável pela promoção do desenvolvimento nas províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula, Tarmamade revelou que os ataques terroristas que se verificam na província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, afectaram a actividade pesqueira, assim como turística, dois dos principais vectores da economia daquele ponto do país, facto que deixa a população em situação de vulnerabilidade. Avança ainda que o distrito explora, actualmente, 400 hectares, dos 2.000 hectares existentes.
Aliás, os ataques terroristas já causaram a deslocação de cerca de 13 mil pessoas dos distritos de Macomia e Quissanga para a Ilha do Ibo, o que aumenta ainda mais as necessidades daquele distrito. Entretanto, a fonte garante que os deslocados estão devidamente integrados naquele distrito, pois, cada um desenvolve uma actividade, de modo a sustentar a sua família.
Segundo Tarmamade, a Ilha do Ibo não dispõe de centros de acolhimento de deslocados, pois, cada família daquela área insular recebeu outra, proveniente da área continental. Sublinha que grande parte dos deslocados são provenientes dos distritos de Macomia e Quissanga.
Lembre-se, a ADIN será responsável pelo reassentamento das famílias afectadas pelos ataques terroristas, pela criação de condições de geração de renda das mesmas, assim como pela criação de condições para que os jovens da região norte do país não adiram ao grupo terrorista. (Carta)
