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sexta-feira, 06 setembro 2024 07:36

China poderá formar militares moçambicanos no combate ao terrorismo

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O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou que a China poderá apoiar a formação de militares moçambicanos no combate ao terrorismo que, desde Outubro de 2017, apoquenta alguns distritos da província de Cabo Delgado.

 

Falando em conferência de imprensa que marcou o fim da visita de trabalho de seis dias à China, Nyusi explicou que nos próximos dias as autoridades militares chinesas deverão apresentar os detalhes estratégicos para a adequação dos militares moçambicanos, incluindo protecção marítima e combate ao tráfico de drogas.

 

“Eles vão dizer como é que vão fazer; nós, como Moçambique, durante os encontros bilaterais, ficamos a saber quais são os apoios que nos vão dar, por exemplo, na área da protecção do mar, um espaço onde tem acesso o terrorismo, o tráfico de drogas, além de que foram mais profundos ao dizerem que vão treinar mais militares”, disse.

 

O estadista moçambicano sublinhou que, nos encontros bilaterais, a China garantiu dar continuidade à assistência de militares moçambicanos. A busca pelo apoio no combate ao terrorismo, segundo Nyusi, é diversificado e inclui países com ideologias diferentes.

 

A China tem apoiado Moçambique no combate ao terrorismo, desde a sua eclosão em Cabo Delgado, em Outubro de 2017, com alguns dos ataques reclamados pelo grupo extremista do Estado Islâmico.

 

Nos últimos meses, os ataques terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado reduziram de forma significativa, facto que levou ao encerramento, em Julho último, da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês), volvidos precisamente três anos.

 

O apoio da SADC também ajudou a restabelecer a autoridade do Estado em todos os distritos que haviam sido tomados pelos terroristas, particularmente onde decorrem trabalhos de pesquisa e exploração de hidrocarbonetos.

 

 

Sobre a sustentabilidade do meio-ambiente, Nyusi disse que as estratégias serão apresentadas ainda no mês em curso, durante a 79ª sessão ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, que deverá iniciar na próxima terça-feira (10).

 

“Como nós sabemos quais são as medidas que devem ser tomadas, por exemplo, para a protecção da floresta do Miombo, e somos campeões nesse aspecto, então, vamos apresentar ainda este mês o pacote em Nova Iorque”, disse.

 

Aliás, um site do governo chinês cita o presidente da China, Xi Jinping, a afirmar que o seu país apoia Moçambique no combate ao terrorismo e na manutenção da paz e estabilidade, acrescentando que está pronta para cooperar estreitamente com o país em plataformas multilaterais, incluindo nas Nações Unidas.

 

Xi falava durante o encontro com Nyusi, que teve lugar quarta-feira (04) em Beijing, minutos antes do início do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). “A China está disposta a expandir a cooperação com Moçambique em áreas como infra-estruturas, energia e recursos minerais, agricultura e economia digital, e apoiar a industrialização e diversificação económica de Moçambique”, diz Xi.

 

O estadista chinês afirmou que o próximo ano marcará o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e espera que ambos os lados unam esforços para levar adiante a amizade, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica e adicionar novo conteúdo à parceria estratégica abrangente de cooperação China-Moçambique.

 

Nyusi participou no 9º FOCAC, em resposta a um convite formulado pelo seu homólogo chinês. O evento decorreu sob o lema “De Mãos Dadas Promovendo a Modernização e Construindo uma Comunidade China-África de Alto Nível com um Futuro Compartilhado”. (AIM)

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