Moçambique apresenta progressos assinaláveis na luta contra o terrorismo e branqueamento de capitais indicou esta sexta-feira, em Paris, França, o Grupo de Acção Financeira, Internacional (GAFI), num extenso relatório do organismo a que tivemos acesso.
Apesar destes avanços, refere o GAFI, Moçambique irá continuar no que este organismo designa “Jurisdição sob Vigilância Reforçada”, que inclui países como Jordánia, Burkina-Faso, República Democrática do Congo, Mali, Senegal e África do Sul.
“O ICRG discutiu o primeiro relatório de progresso de Moçambique. O relatório indica progressos mas mesmo assim tem de abordar integralmente o seu plano de accao”, aponta o GAFI que determinou pela manutenção do país no anterior “status quo”.
Moçambique foi colocado na lista cinzenta do GAFI em Outubro, tendo organismo instado o país a trabalhar para a sua remoção de um grupo de países com alguns desafios no combate ao terrorismo e no branqueamento de capitais e proliferação das armas de destruição em massa.
Moçambique tem demonstrado empenho visando sua remoção da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
O país submeteu 15 recomendações, das quais nove foram aprovadas.
Na sequência da avaliação, a organização internacional referiu que o país regista progressos assinaláveis, tendo submetido ao Grupo de Luta Contra a Lavagem de Dinheiro da África Oriental e Austral (ESAAMLG, sigla em inglês) 15 recomendações, das quais nove foram positivamente classificadas.
Os Estados Unidos da América, a União Europeia e o Banco Mundial apoiam Moçambique para, nos próximos dois anos, sair da chamada lista cinzenta do GAFI.
Para sair da lista cinzenta, Moçambique terá de realizar, até 2024, uma avaliação nacional de risco para organizações não-governamentais, instalar um sistema de identificação do beneficiário efectivo e desenvolver acções de cooperação nacional e internacional em matéria de branqueamento de capitais e combate ao terrorismo.(Carta)