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quinta-feira, 25 maio 2023 07:13

MEF defende financiamento ao sector privado para desenvolvimento da economia verde

mef vice ministro amilcarTivane

Em reunião anual do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), em Sharm El-Sheikh, no Egipto, o Ministério da Economia e Finanças (MEF) defende maior aposta no financiamento ao sector privado em projectos de economia verde, aquela cujas actividades e produção não põem em risco o meio ambiente, numa altura em que se fala de mudanças climáticas.

 

“Estamos aqui para reiterar o nosso cometimento, não só em projectos que o BAD tem vindo a financiar ao Governo, mas também para diversificar o leque de financiamento, com ênfase no sector privado, onde pretendemos mobilizar linhas de financiamento (capitais de risco) para amortecer não só o risco de crédito, a mobilização de fundos de garantia susceptíveis de assegurar que o sector privado possa ter muito mais oportunidades na sua actividade”, disse esta quarta-feira (24), à margem do evento, o vice-Ministro no MEF, Amílcar Tivane.

 

Tivane explicou que o envolvimento do sector privado nessa matéria deve-se ao facto de que processos de construção de resiliência não dependem somente do sector público. Aliás, sublinhou que para que o Governo consiga materializar investimentos públicos é por via de contratações de serviços prestados pelo sector privado.

 

O governante foi mais longe, ao afirmar que o sector privado deve ser envolvido para que tenha ferramentas suficientes sobre como desenvolver projectos, com padrões internacionalmente aceites sobre criação de resiliência, pois caso contrário, o Governo pode registar prejuízos na materialização de diversos projectos, desde sociais até económicos.

 

À margem da reunião, o vice-Ministro deu a entender que o sector privado é favorável a assuntos pró-economia verde. Mencionou, por exemplo, que, aquando da aprovação pelo Conselho de Ministros, da estratégia de resiliência para os fenómenos climáticos adversos e que posteriormente culminou, no ano passado, com desenvolvimento de um seguro de risco paramétrico, já existente em Moçambique, foi o sector privado, nomeadamente, as seguradoras nacionais e internacionais que estruturaram a operação.

 

“Portanto, são parceiros que sentimos que de facto acolheram favoravelmente a ideia e demonstraram estar de facto no topo de debate sobre as questões associadas ao financiamento pró-mudanças climáticas”, concluiu, Tivane.

 

A reunião do Grupo BAD decorre sob o lema “mobilização de financiamento privado para catapultar investimentos na economia verde”. Tivane participa do evento acompanhado pela directora nacional do Tesouro, Chamila Aly, e a directora nacional da Dívida Pública, Isabel Sumar, para além de quadros do Banco de Moçambique e vai manter encontros com individualidades da alta finança internacional.

 

A delegação moçambicana vai participar em vários encontros. Para além da Reunião sobre a Mobilização do Financiamento do Sector Privado para o Clima e o Crescimento Verde em África, irá igualmente participar de debates sobre o Acesso à Energia, Adaptação Climática e Segurança Alimentar, Alavancando Instrumentos de financiamento inovadores para atrair Investimentos Climáticos Privados em África, entre outros. (Carta)

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