Três atentados foram perpetrados em simultâneo em Cabo Delgado no dia em que o chefe da TotalEnergies visitou a província. A TotalEnergies contratou um especialista humanitário independente para avaliar a situação de segurança em Cabo Delgado. O relatório sobre a situação de segurança deve ser entregue no fim de fevereiro.
A visita do chefe da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, na semana passada, à província de Cabo Delgado, rica em petróleo e gás, coincidiu com três ataques terroristas, servindo como um lembrete da volátil situação de segurança.
Pouyanné esteve na área para avaliar a situação de segurança nas instalações da empresa em Afungi, encerradas em Abril de 2021 devido a ataques terroristas. De acordo com o relatório situacional do Projecto de Localização e Dados de Eventos de Conflitos Armados (ACLED) de 30 de Janeiro a 5 de Fevereiro, três grupos principais de terroristas lançaram ataques simultâneos em Mueda, Montepuez e Meluco a 4 de Fevereiro.
Os ataques visavam cortar a rota de transporte entre as partes norte e sul de Cabo Delgado, uma vez que Pouyanné estava na província. “Os ataques aparentemente tiveram a intenção de cortar as duas principais vias que ligam o norte e o sul da província de Cabo Delgado, e ocorreram no momento em que o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, visitava a região”, refere o relatório da ACLED. Com a situação ainda instável, Pouyanné reuniu-se com o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e resolveu contratar um especialista humanitário independente para avaliar a situação e saber se a sua empresa poderia retomar as operações.
“Durante esta visita, Patrick Pouyanné disse ter confiado a Jean-Christophe Rufin, um reconhecido especialista em acção humanitária e direitos humanos, uma missão independente para avaliar a situação humanitária na província de Cabo Delgado. (Carta)