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quarta-feira, 28 dezembro 2022 04:52

CTA condena rapto e assassinato do empresário Hayyum Ali Mamade

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) condenou, esta terça-feira (27), o rapto e assassinato do empresário Hayyum Ali Mamade, proprietário da rede de sorveteira Vanilla e de um centro de lojas para comércio na cidade da Matola, bem como de um grupo de lojas da marca Kids Us. 

 

Numa nota a que a "Carta" teve acesso, a CTA condena veementemente o acto e, mais uma vez, pede às autoridades que medidas energéticas sejam tomadas para parar com estes actos macabros contra o empresariado. Além disso, endereça sentimentos de pesar à família do finado. A agremiação diz que irá, nas próximas semanas, pronunciar-se novamente sobre o assunto, com mais elementos.

 

Na nota, a CTA assume que, com este ambiente de negócios, a tão propalada recuperação económica será dificilmente concretizada no país. “A imagem do país continua a ser manchada por estas situações. O empresariado nacional merece trabalhar e desenvolver seus negócios em segurança. E neste caso, parar os raptos está ao alcance das autoridades. Por isso, a CTA reitera que o Governo torne o combate aos raptos como uma prioridade para o desenvolvimento nacional”, lê-se no documento. 

 

Por seu turno, o Conselho Islâmico de Moçambique exige que o Governo ponha fim à onda de raptos que assola o país. Citado pelo “O país”, o responsável pela Cooperação e Comunicação no Conselho Islâmico, Mussa Suefe, alertou que os raptos vão repelir os investimentos em Moçambique. “Temos de ter noção dos investimentos que estes empresários fazem no nosso país. Há já empresários que estão a preferir fazer investimentos noutros países, como é o caso da África do Sul, por causa da situação de insegurança. Isto é mau para a nossa economia e, como sociedade, temos de resolver esta situação”, alertou Mussa Suefe, em declarações ao referido periódico.

 

O Governo, através da Ministra do Interior, Arsénia Massingue, também reagiu ao rapto e assassinato do empresário. Em declarações à imprensa, esta terça-feira, Massingue lamentou a morte de Hayyum Ali Mamade e garantiu que o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) irá pronunciar-se nos próximos dias. Entretanto, o SERNIC avançou ainda esta terça-feira que um indivíduo foi detido em conexão com o caso. 

 

Hayyum Ali Mamade foi raptado à mão armada no dia 14 de Dezembro corrente do Bairro do Fomento, cidade da Matola, numa sorveteira recém-inaugurada. Quase duas semanas depois, os sequestradores contactaram a família para informar que o empresário não estava bem e que o deviam ir buscar, num local não revelado. A família encontrou Ali Mamade estatelado. Levou-o ao hospital onde foi dado como morto. (Carta)

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