Sir Motors
O Banco de Moçambique (BM) e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) aumentaram a Prime Rate (taxa de juro de referência) que irá vigorar nas instituições de crédito no mês de Novembro de 2022, em 22,50%, saindo de 20,60%, aplicada durante o mês de Outubro.
A Prime Rate não era alterada há cinco meses, mas com a subida da taxa de Juro de Política Monetária (taxa MIMO) de 15,25% para 17,25%, no fim de Setembro, para atenuar o elevado custo de vida, as duas instituições decidiram pelo agravamento da taxa.
O facto é que, quanto maior for a taxa, maior também é o sufoco das famílias e empresas que têm empréstimos nas instituições financeiras. É que a Prime Rate do Sistema Financeiro Moçambicano é a única taxa de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável. Esta taxa aplica-se às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (spread) que será adicionada ou subtraída mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto.
As referidas margens de pelo menos 14 instituições de crédito (ICSF) variam no que ao crédito a particulares diz respeito, de nulo a 6%. Ainda a particulares, a margem para o crédito de consumo varia de nulo a 10.75%.
Quanto ao crédito às empresas, a margem parte de 0,50% aos 5,00% para empréstimos até um ano, ou pode variar entre 1,00% a 6,00% para prazos maiores. De acordo ainda com o comunicado, os spreads das 14 ICSF em operações de leasing mobiliário e imobiliário, as margens partem de nulo a 5,00%.
O comunicado que temos vindo a citar avança que os spreads padronizados de taxas de juro de pelo menos cinco operadores de microfinanças são mais elevados, variando de 10,42% a 51.40%. (Carta)
