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quinta-feira, 13 outubro 2022 07:24

Ataques terroristas de Nampula visavam recrutamento de novos membros – diz Comandante do Exército

Já não estava em fuga o grupo “de cinco a três insurgentes” que atacou os distritos de Érati e Memba, no litoral da província de Nampula, em princípios do mês de Setembro passado. Na última terça-feira, o Comandante do Exército, Tiago Napele, disse que as incursões terroristas verificadas naqueles distritos visavam o recrutamento de novos membros do grupo, que há cinco anos semeia luto e dor na província de Cabo Delgado.

 

“Foi um recrutamento forçado, mas a província está livre das ameaças, pois, os terroristas nunca ocuparam os distritos de Memba e Érati”, defendeu aquele dirigente das FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique), citado ontem pelo jornal Notícias.

 

As declarações de Napele contrariam às proferidas pelo Chefe de Estado no passado dia 07 de Setembro, que garantiu se tratar de um grupo que estava em fuga, em resultado do cerco protagonizado pelas tropas moçambicanas, ruandesas e da SADC.

 

“Espalharam-se em grupos pequenos de cinco a 15 terroristas que, em direcção à faixa a sul do Rio Montepuez e Lúrio, de forma disfarçada e infrutífera, tentaram dificultar a sua intercessão pelas nossas Forças no terreno. Procuram criar terror nos distritos de Ancuabe, Meluco, Macomia e Chiúre na província de Cabo Delgado”, disse, na altura, Filipe Nyusi.

 

Tal como Nyusi, Napele disse não haver qualquer expansão do terrorismo no país. Garante que as FADM reforçaram as suas posições em todo o eixo da província e aprimoraram os níveis de actuação para evitar que tal volte a acontecer.

 

Lembre-se que os ataques terroristas verificados nos distritos de Érati e Memba causaram a morte de pelo menos seis pessoas, o sequestro de pelo menos três, para além da deslocação forçada de mais de 8.000 famílias.

 

Refira-se que um estudo do IESE, publicado em Março de 2021, já avança a necessidade de se incluir a província de Nampula nas acções de combate ao terrorismo, visto que a província registava a presença da seita jihadista. (Carta)

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