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segunda-feira, 10 outubro 2022 08:31

Crise energética na Europa faz disparar exportações de carvão mineral de Tete

As exportações de carvão mineral extraído na província de Tete, centro do país, dispararam no segundo trimestre, devido à crise energética que se vive na Europa, motivada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

 

Dados disponibilizados pelo Banco de Moçambique, no seu mais recente relatório sobre a Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação, indicam que, no segundo trimestre, as exportações de carvão mineral cresceram 586 milhões de USD. Em rigor, atingiram 817 milhões de USD, quase o quádruplo do valor registado em igual trimestre de 2021, de 228 milhões de USD.

 

As barras de alumínio também catapultaram as exportações no período em análise, ao atingir 550 milhões de USD contra 293 milhões de USD, registados no período homólogo de 2021, o que representou um crescimento de 257 milhões de USD.

 

No segundo trimestre, o país continuou a mostrar que é um pólo energético na região da África Austral, tendo as exportações deste bem atingido 129 milhões de USD, contra 116 milhões de USD, registados em 2021, uma variação de 13 milhões de USD.

 

A exportação de areias pesadas também foi destaque no período em menção. O produto atingiu 94 milhões de USD em exportações, contra 82 milhões de USD registados em 2021. O crescimento foi de 12 milhões de USD. A exportação do gás natural cresceu 32 milhões de USD, tendo saído de 65 milhões de USD em 2021, para 98 milhões de USD no segundo trimestre de 2022.

 

Efectivamente, no período em referência, o valor das exportações de bens aumentou face ao período homólogo do ano anterior, em 1.055 milhões USD, dos quais 903 milhões de USD referentes aos grandes projectos. Os sectores que mais contribuíram no total das exportações foram o extractivo e o industrial, com destaque para o carvão mineral e o alumínio.

 

O Banco de Moçambique perspectiva que, no curto prazo, as exportações continuem a crescer, favorecidas pela maior procura por produtos energéticos e pelos preços das commodities no mercado internacional, num cenário em que se prevê o início da exportação do gás natural liquefeito a partir do quarto trimestre de 2022. (Evaristo Chilingue)

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