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terça-feira, 22 março 2022 07:33

EN1 reabre esta quarta-feira na Zambézia

Só amanhã, quarta-feira, é que será restabelecida a transitabilidade na Estrada Nacional Nº 1, no troço entre os distritos de Nicoadala e Namacurra, na província da Zambézia, depois do corte que se verificou na principal via do país, na tarde do último sábado.

 

A garantia foi dada esta segunda-feira pelo Delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) na Zambézia, Jorge Govanhica, em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM). Até ao momento, apenas os peões conseguem atravessar a área onde a estrada ficou cortada, depois de, no domingo, a ANE ter criado um pequeno corredor para a passagem de pessoas.

 

Segundo Govanhica, as obras de emergência iniciaram ainda ontem, depois da diminuição do nível das águas. À TVM, o Delegado da ANE explicou que as obras de emergência consistem no lançamento do rachão (pedra usada para terraplanagem das estradas), colocação da areia e de duas manilhas de 1.2 metros de diâmetro para o escoamento das águas.

 

A fonte não avançou os números envolvidos nas obras de emergência, mas assegurou que as mesmas irão permitir a travessia de todo o tipo de veículo, sendo que, numa primeira fase, será permitida a passagem de veículos ligeiros e depois será aberto o tráfego aos veículos pesados.

 

De acordo com o Delegado da ANE na Zambézia, a solução definitiva será implementada após a época chuvosa. “A Estrada Nacional Nº 1 está num processo de reabilitação e, neste ponto, está prevista a construção de uma nova estrutura (de maior extensão), porque a ponte foi construída nos anos 60”, explicou Jorge Govanhica.

 

Lembre-se que, desde a tarde do passado sábado, está interrompida a ligação entre a região norte e o resto do país, na sequência do arrastamento dos solos da ponte sobre o rio Iledje, no distrito de Nicoadala, na província da Zambézia, causado pelas chuvas que caem naquele ponto do país, desde a passagem do Ciclone Tropical “GOMBE”.

 

Devido a esta situação, há relatos de escassez de produtos alimentares na capital provincial da Zambézia, Quelimane, tal como há relatos de deterioração de produtos frescos (sobretudo, tomate, cebola e cenoura), provenientes dos distritos da região norte daquela província.

 

Também há relatos de falta de comida, água e locais de abrigo para as pessoas que se encontram de viagem, com destaque para os transportadores interprovinciais, passageiros e camionistas. As condições de higiene também são descritas como deploráveis, o que pode concorrer para a propagação de doenças, com destaque para a cólera e malária. (Carta)

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