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quarta-feira, 16 março 2022 07:46

Ataques em Cabo Delgado: Governo diz ser cedo ainda para o regresso da população às suas aldeias

Uma brigada do Conselho de Ministros, liderada pela Ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, visitou, semana finda, os distritos afectados pelos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, para avaliar as condições existentes para o regresso da população.

 

No entanto, no lugar de confirmar já existirem condições para o regresso dos cidadãos às suas zonas de origem, tal como garantira o Ministro da Defesa Nacional, a governante disse ainda não haver condições para o regresso da população.

 

Entre as razões invocadas por Margarida Talapa está a ausência de funcionários e agentes do Estado, com destaque para Administradores e Secretários Permanentes de alguns distritos afectados; a falta de meios de transporte e de trabalho; e a falta de limpeza das vilas e aldeias.

 

“Ainda persistem alguns preconceitos, por parte dos funcionários públicos, e entendemos que há um trauma devido ao que passaram e reconhecemos a necessidade urgente de reabilitação de infra-estruturas e alocação de meios de trabalho, especialmente meios circulantes, incluindo ambulâncias”, disse Talapa, numa reunião de balanço da visita, que teve lugar na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.

 

Aliás, a governante revelou ainda não ter sido executado o projecto de movimentação da população do distrito de Mocímboa da Praia, que se encontrava na Península de Afungi, distrito de Palma, precisamente por ainda não haver condições para tal.

 

Lembre-se que, no passado dia 04 de Março, o Governo Distrital de Mocímboa da Praia anunciou o regresso da população que se encontra “refugiada” na Vila de Reassentamento de Quitunda e na aldeia de Maganja, na Península de Afungi, distrito de Palma.

 

Sem detalhar, a brigada enviada pelo Conselho de Ministros a Cabo Delgado constatou ainda haver falhas na consolidação da segurança nas zonas afectadas, facto que concorre para o atraso que se verifica no regresso da população. Recorde-se que a vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia foi resgatada das mãos dos terroristas em Agosto de 2021, porém, ainda continua “desabitada” devido ao clima de insegurança. (Carta)

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