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terça-feira, 22 fevereiro 2022 03:41

Dívidas Ocultas: Líder da Renamo defende audição de Nyusi no Tribunal

O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, defende que o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo deve ouvir o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, na qualidade de ex-Ministro da Defesa Nacional e Chefe do Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança (FDS), à data da contratação das “dívidas ocultas”.

 

Esta posição foi assumida esta segunda-feira, numa conferência de imprensa concedida na sede do partido, na cidade de Maputo.

 

Segundo o líder da Renamo, todos os moçambicanos são iguais perante a Lei e gozam dos mesmos direitos, estando sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política.

 

Para Ossufo Momade, “quem não deve, não teme”, pelo que exorta Nyusi a se deslocar à tenda da B.O., a fim de esclarecer o processo que culminou com a contratação das “dívidas ocultas”.

 

Aliás, Ossufo Momade aproveitou o momento para rebater as palavras de Armando Guebuza, segundo as quais, o Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP) foi escondido da Assembleia da República, como medida de precaução, pois, visava também combater a Renamo, que, curiosamente, tinha seus membros na chamada “Casa do Povo”.

 

Segundo Ossufo Momade, estamos perante uma “narrativa falsa”, porque o seu partido nunca teve agenda de mover guerra civil, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz, e que os ataques que se verificavam na zona centro do país visavam à defesa de Afonso Dhlakama, então líder da “perdiz”, que era perseguido pelo regime da Frelimo.

 

Para Ossufo Momade, o autoritarismo e a falta de transparência e cultura de prestação de contas é que levaram o país à sarjeta, pois, em Moçambique, alegar a segurança do Estado e ordens superiores do “chefe” é suficiente para se passar por cima da lei. (O.O.)

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