Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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O BCI canalizou, na quinta-feira, (23), uma doação à Cooperativa de Educação Ambiental Repensar, destinada às famílias afectadas pelas recentes intempéries que atingiram a província da Zambézia. Em consequência da passagem da tempestade associada ao ciclone Freddy, dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar os seus locais de habitação, concentrando-se em centros de acolhimento, nomeadamente em Quelimane, Nicoadala, Namacurra e Mocuba, contando com apoio diverso, proveniente designadamente de instituições públicas, privadas, de organizações humanitárias e da sociedade civil.

 

O donativo, constituído por lotes de géneros alimentares que incluem arroz, farinha de milho, óleo alimentar, feijão, amendoim, açúcar, entre outros produtos de primeira necessidade, foi entregue nas instalações da Repensar, na cidade da Matola, no âmbito do programa de responsabilidade Social do BCI e da parceria existente com esta organização ambiental, que tem estado a mobilizar apoios às vítimas dos fenómenos climáticos extremos.

 

Em representação do BCI, os Directores Comerciais da Região de Maputo, José Notiço e Sara Manhiça, formalizaram a entrega da doação, numa cerimónia em que estiveram ainda presentes a representante e membros da Repensar, assim como quadros do BCI. Na ocasião, José Notiço expressou o sentido de Responsabilidade Social do Banco perante esta Calamidade que afectou a província da Zambézia, e o apreço pelo trabalho meritório desenvolvido pela Repensar. Reiterou ainda o compromisso do BCI no apoio às famílias e na valorização de causas como esta.

 

Refira-se que a Cooperativa de Educação Ambiental Repensar tem como principal finalidade a prestação de serviços ambientalmente educativos, susceptíveis de promover um novo e inovador paradigma ambiental.

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O BCI e a Associação Machel Fidus rubricaram na sexta-feira (24), em Maputo, um protocolo que preconiza a cooperação interinstitucional na implementação do Projecto “Um Gesto, Um Sorriso”, levado a cabo pela Machel Fidus. O programa, que se encontra numa fase de expansão pelas diversas províncias do país, visa a introdução de um “ecossistema” de desenvolvimento sustentável, composto por diferentes componentes, designadamente agricultura, nutrição, tecnologia e ambiente, e com a finalidade de melhorar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes.

 

Segundo referiu o Presidente da Comissão Executiva do BCI, Francisco Costa, este protocolo traduz-se na criação de oportunidades de parceria, e de valor, para a materialização do apoio que o BCI poderá dar no desenvolvimento das actividades da Machel Fidus. “Pretendemos acima de tudo ajudar o desenvolvimento do país através de programas de responsabilidade social” – salientou. Num outro desenvolvimento disse esperar que este compromisso “seja mais um ponto de partida para que se possa fazer muita coisa em conjunto, e que possamos de facto desenvolver tudo o que for possível, ao nível da capacitação dos jovens para o futuro melhor de Moçambique”.

 

“Nós, na realidade, temos o sonho de mudar o mundo, nem que seja com pequenos passos” – afirmou o Presidente da Associação Machel Fidus, Malenga Machel. E acrescentou: “obviamente para mudar o mundo, nós próprios temos de mudar... dar o melhor de nós. Não podemos esperar dos outros se nós próprios não podemos. Então a nossa ideia é fazer isso. E muito obrigado por confiar em nós”.

 

Prevê-se, entre as actividades previstas no âmbito desta parceria, a promoção de formação presencial ou por meios virtuais, em matéria de literacia financeira, e outros cursos relevantes, no Auditório do BCI e nas escolas beneficiárias do Projecto “Um Gesto, Um Sorriso".  Prevê-se, ainda, o acesso dos alunos beneficiários a exposições de arte programadas pelo BCI, no auditório e nas mediatecas do Banco ao nível do país.

quarta-feira, 29 março 2023 06:49

Boomerang já era, agora é Cartoonito!

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O canal que traz o melhor do Boomerang desta vez com mais risos, aventuras e amigos!

 

O canal Boomerang mudou de nome, desde o dia 25 de Março, para Cartoonito. O canal é exclusivo da DStv e GOtv, encontra-se disponível nos pacotes DStv Grande (posição 583) e GOtv Supa (posição 68). A criançada pode esperar uma programação emocionante repleta de risadas, aventuras e amigos.

 

Além dos conteúdos favoritos, de longa data, como Mr Bean, Tom & Jerry, Scooby-Doo e Looney Tunes Cartoons, o Cartoonito vai introduzir novos amigos com os programas ‘novinhos em folha’ como Batwheels (estreou 25 de Março), Bugs Bunny Builders (estreia 10 de Abril) e Interstellar Ella (estreia em Junho). Estes lançamentos vão diversificar ainda mais a oferta do canal com aventuras extraordinárias para toda a família desfrutar.

 

Sabemos que as crianças e as famílias moçambicanas adoram os nossos programas e estamos ansiosos por acrescentar ainda mais conteúdos surpreendentes que aproximem toda a família.

 

Um dos novos programas é o Secret Origins of the Batwheels, que já está no ar desde o dia 25 de Março. Batwheels é um programa de acção e aventura que combina duas das coisas favoritas das crianças - super-heróis (da DC Comics) e veículos! O programa segue uma equipa divertida e dinâmica de veículos super-potentes e os obstáculos que estas personagens encontram ao lutarem contra os maus da fita.

 

O canal Cartoonito é o lar das suas personagens favoritas cheias de mais risos, mais aventura e mais amigos.

Heineken trip min

Após conhecer-se o grande vencedor da campanha “Heineken AfterWork”, que decorreu no último trimestre de 2022, Nicolas Monteiro Garrancho e os seus cinco acompanhantes, viveram uma experiência incrível, num Tour à cidade de Amsterdão com tudo pago pela HEINEKEN Moçambique.

 

Como parte do roteiro, os seis viajantes para além de visitarem a sede da HEINEKEN, fizeram o icónico Tour ‘’Heineken Experience’’, uma experiência na cervejaria mais antiga da Heineken®, no coração de Amesterdão, onde aprenderam tudo sobre a herança da Heineken®, o processo de fabricação de cerveja, as inovações, os patrocínios e a história por detrás da estrela. . Nilza Garrancho não escondeu a sua satisfação, tendo afirmado que “a Heineken é muito mais que uma cerveja, é um património cultural.”

 

“Aterrar em Amsterdão foi emocionante, principalmente porque o destino fazia parte dos países por visitar no futuro mas felizmente fomos agraciados pelo prémio. Tudo que se diz desta cidade é mais vibrante vivenciado, desde a sua arquitetura, a cidade velha, as ciclovias, os canais fluviais.” Acrescentou Nicolas Garrancho, vencedor do passatempo.

 

Para além dos seis vencedores de 2022, a HEINEKEN Moçambique proporcionou a viagem aos vencedores da campanha de 2019, que não puderam viajar devido as restrições impostas pela pandemia do Covid-19.

 

“Estamos cada vez mais comprometidos em proporcionar experiências únicas aos nossos consumidores e, por isso, dar oportunidade de conhecer a nossa origem e a nossa história, é importante para nós.” Disse Roelof Segers, Director Geral da Heineken Moçambique.

segunda-feira, 27 março 2023 14:59

Edson Cortês na liderança do CIP por mais 5 anos

O actual Director do Centro de Integridade Pública (CIP), a mais relevante organização da sociedade civil moçambicana actuando no sector da governação, foi eleito para continuar à frente dos destinos daquela plataforma de "watchdog" por mais 5 anos.

 

A indicação aconteceu no dia passado dia 17 de Março de 2022,  quando os membros fundadores do CIP se reuniram em Assembleia Geral que, entre outras coisas, discutiu e aprovou três documentos:

·       O Relatório de narrativo e financeiro de 2022,

·       O Relatório de auditoria evidenciando uma opinião limpa a semelhança dos anos passados e a respectiva carta de recomendaçãoes de 2022,

·       O plano anual e orçamento de 2023, que coloca novamente enfoque nas componentes temáticas de anticorrupção, procurement público, finanças públicas, transparência eleitoral e indústria extractiva, entre outros.

 

Edson Cortês assumiu as rédeas do CIP em 2018. Para a renovação do mandato de Edson Cortês teve em conta o desempenho positivo da instituição nos últimos 5 anos, de acordo com a avaliação dos membros fundadores.

 

Sob a liderança de Edson Cortês, o CIP manteve-se presente e actuante como entidade de anti-corrupção e promoção da transparência em Moçambique, expondo os malefícios da corrupção, monitorando a governação democrática, mas garantindo sempre uma perspectiva de parceria com entidades relevantes do sector (como o Gabinete Central de Combate à Corrupção, entre outros).

 

O novo mandato de Edson Cortês terminará em 2028. O CIP foi fundado em 2005. (Carta)

pascula mocum

De entre os Primeiros-Ministros que Moçambique teve depois da transição democrática (incluindo o actual, Adriano Maleiane), nenhum foi mais assertivo, mais disponível para prestar contas à sociedade, nomeadamente sobre o processo decisório do governo e as suas opções de políticas que Pascoal Mocumbi. 

 

Logo em 1994, na nossa madrugada democrática, Mocumbi estabelece uma prática: todas as sextas-feiras pelas 9:00 horas, no quinto andar do prédio onde funciona o Gabinfo (Gabinete de Informação), ele lá estava pontualmente para dizer: “nesta semana aconteceu isto, o Conselho de Ministros decidiu assim….”, expondo-se logo de seguida a uma  bateria de perguntas de jornalistas como Carlos Cardoso e Paul Fauvet. Estes levavam seu TPC e discutiam, com Mocumbi, o país de verdade. Cardoso era ríspido no trato e cavalgava em matérias quentes, mas sobretudo era um grande problematizador das opções do governo, como no caso da liberalização da exportação de castanha de caju, matando a indústria local.

 

Mocumbi era um “gentleman”, homem de trato fino, cordial, tal como caracterizou hoje o Dr. Ivo Garrido numa breve conversa à volta da vida e obra do ginecologista tornado político, formado em Lausanne,durante os anos da luta armada da Frelimo. Depois da independência, ambos foram directores provinciais de Saúde (Pascoal Mocumbi em Sofala e Paulo Ivo Garrido em Manica). 

 

Os briefings de Pascoal Mocumbi, inspirados justamente no modelo dos press briefings da Casa Branca, era o exemplo de uma governação que aprendera cedo a fazer o que a democracia exige: prestar contas, governar para o povo. Nesse aspecto, Mocumbi era um campeão. Isso decorria, a meu ver, da súmula de uma educação secundária de seminarista e sua formação terciária em Medicina num país como a Suíça e um “deixa-andar” positivo de Joaquim Chissano, no sentido favorável à transparência.

 

Era esperado que esse estilo vingasse depois de Mocumbi. Em 2004, ele pede a Chissano para deixar o cargo para concorrer à Presidência da OMS e Luísa Diogo, então Ministra das Finanças, assume as rédeas. A economista tentar seguir o estilo, mas sua disponibilidade era menor. Por outro lado, a qualidade dos jornalistas que ia as suas conferências de imprensa era fraca. A maioria dos jornalistas seniores descurou esse espaço, deixando-o para jovens repórteres que apenas cumpriam a função de esticar seus microfones. 

 

De resto, o modelo estava condenado a fracassar. Porquê? O sucessor de Chissano, Armando Guebuza não permitiria tamanha abertura. Suas credenciais estavam nos antípodas do estilho de Chissano, aliás, demasiadamente criticado por Guebuza. De resto, Luísa Diogo foi um sapo que Guebuza teve de engolir - ela já era Primeira-Ministra antes do Guebuza tomar posse para o seu primeiro mandato em 2005.

 

Com Mocumbi, decisões como a do endividamento oculto seriam transparentes, abertas.

 

Mas com Guebuza a cartilha da transparência e prestação de contas, via comunicação social, é lançada à sarjeta.

 

Os registos de Aires Ali e Alberto Vaquina, dois Primeiros-Ministros do segundo mandato de Guebuza, são de uma menor abertura ao diálogo com jornalistas. 

 

Com o actual regime de Filipe Nyusi, o estilo tornou-se mais opaco. Carlos Agostinho do Rosário não tentou nada que fosse usar a imprensa para prestar contas. O nyussismo herdou um modelo do Guebuzismo: depois de cada Conselho de Ministros, um porta-voz é arregimentado para resumir as decisões tomadas de uma forma severamente limitada. Agora com o Programa de Aceleração Económica, um leque de informação tem melhorado, mas isso decorre do imperativo de alteração legislativa. 

 

Adriano Maleiane, o actual Primeiro-Ministro, nunca esteve talhado para grandes despiques públicos com jornalistas, preferindo pequenos encontros de relações públicas e o palco parlamentar. Seja como for, o caso das “dívidas ocultas” mostrou que ele é avesso à controvérsia pública onde o governo é colocado em cheque. 

 

Com a sua afabilidade, Maleiane podia ser mais proactivo na sua relação com a imprensa. Mas não o faz e quem se aproveita dessa cegueira nalgumas áreas da governação é Celso Correia, o Ministro da Agricultura. Ele mostrou como se faz recentemente, quando teve de se justificar de seu triunfalismo contra a insegurança alimentar. 

 

Celso é mesmo melhor que o seu chefe. Filipe Nyusi é avesso ao contacto directo com os jornalistas. Desde que está no poder, ele só deu duas entrevistas. Uma ao directordo Canal de Moçambique, para se explicar sobre o calote, e outra em Portugal, uma conferência de imprensa que foi a todos os títulos desastrosa.

 

Na morte de Pascoal Mocumbi (1941/2023) e em tempo de um autoritarismo crescente, vale a pena recordar sua entrega sem reservas ao diálogo com a imprensa, aprofundando as virtudes da governação democrática. (Carta)

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