Um parente directo do jornalista Amade Abubacar, que acompanha o processo da sua detenção desde o primeiro dia, afirmou, em contacto com “Carta”, que as visitas ao jornalista têm sido impedidas pelas autoridades policiais. Os motivos dessa atitude por parte dos policiais, segundo o familiar, não são revelados. “Hoje fui tentar visitar o Abubacar, mas foi-me dito que não seria possível. Tentei insistir, mas a resposta foi sempre negativa”, disse-nos um parente.
Os familiares do jornalista mostram-se preocupados, pois o advogado é o único a quem é autorizada o acesso a Abubacar. “Mesmo a comida que levamos não chega até ele. Quando perguntamos dizem que têm ordens superiores para não permitir visitas”, sublinha um parente. “Carta” soube que este cenário transformou-se em “normal” desde a transferência do jornalista de Macomia para Pemba.
Amade Abubacar está detido há mais de três semanas, acusado de violação de segredo de Estado e de instigação pública a um crime com recurso a meios informáticos. Há dias o jornalista revelou à Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique que foi torturado aquando da sua detenção pelas forças militares. Para além de tortura física, o jornalista disse sofreu na cadeia de Macomia situações sérias de fome.
Amade Abubacar foi detido no distrito de Macomia, no dia 5 de Janeiro depois de ter permanecido num quartel militar durante cerca de 10 dias. A sua detenção foi formalizada e, de seguida, foi transferido para Mieze, a maior penitenciária da província de Cabo Delgado, onde aguarda pelo seu julgamento.
Sublinhe-se que várias organizações nacionais e internacionais consideram a detenção do jornalista um atentado à liberdade de imprensa. Muito recentemente, jornalistas da África ocidental mostraram-se solidários com Abubacar. (S.R.)
A Universidade Pedagógica (UP) e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) assinaram ontem em Maputo um Memorando de Entendimento para cooperar no domínio da extensão universitária, estágio e capacitação técnico-profissional, pesquisa, inovação e transferência de tecnologia.
Falando na ocasião, o reitor da UP, Jorge Ferrão, disse que, com o referido memorando, a sua instituição pretende colaborar com a CTA na elaboração de projectos de extensão universitária em vários domínios, sobretudo nas matérias de interesse do sector privado, bem como viabilizar a realização de estágios técnico-profissionais. Outro objectivo do memorando é fornecer ao empresariado cursos de curta duração para capacitação técnica.
A UP pretende ainda, no âmbito do mesmo acordo, potenciar o seu lado empresarial através de incubadoras de negócios, bem como de pequenas e médias empresas como "star-ups". Outra pretensão da UP, ainda de acordo com o reitor, é a comercialização e atribuição de patentes, identificação das aéreas de formação prioritárias, com impacto na vida do cidadão, organização de fóruns para consulta e assessoria entre o sector privado e a Universidade.
Para o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, o memorando rubricado é reflexo do aprofundamento das relações entre aquela entidade e a UP. Vuma disse esperar que as acções a serem desenvolvidas nesse âmbito melhorem o desempenho do país no “doing business”, através da melhoria do ambiente de negócios. (Evaristo Chilingue)
Domingos Jofana, o novo director do Serviço Nacional de Investigação Criminal (o Sernic) tem a imagem de um homem competente e comprometido com a transparência, de acordo com fontes policiais ouvidas por esta publicação. Ele é um polícia de carreira com formação em Direito na UEM, curso concluído em meados dos anos 2000.
Antes de ser nomeado director do Sernic, Jofana era o responsável máximo na Direção de Identificação Civil (DIC), onde terá desmontado esquemas de corrupção relacionados com a emissão de Bilhetes de Identidade (BI's) para cidadãos que nasceram em Moçambique, filhos de pais estrangeiros, mas que nunca renunciaram à nacionalidade moçambicana – acabavam tendo BI's quando não deviam. O esquema estava generalizado e era uma das principais fontes de corrupção na DIC. Jofana mudou o cenário para melhor, reduzindo as negociatas.
Agora no Sernic, Jofana tem outros desafios. O principal é o de acelerar a transição institucional visando o estabelecimento completo do braço de investigação da Polícia, que há dois anos herdou as atribuições e aparato da antiga Policia de Investigação Criminal (PIC). O antigo Director do Sernic, Ilídio Miguel, estava à frente desse processo, mas o nível de insatisfação dos cerca de seus 3 000 agentes em todo o pais era enorme, sobretudo em relação à atribuição das novas categorias profissionais do quadro institucional do Sernic.
Depois há que fazer a aceleração da alocação de meios para a investigação e garantir que a autonomia financeira e patrimonial do Sernic vá para além do papel. Jofona tem como seu adjunto outro polícia de carreira, também com formação em Direito, Fernando Tsucana.(Carta)
Ontem, por volta das 9 da manhã, três moto-taxistas que transportavam seus clientes da fronteira de Tanzânia para Palma foram emboscados pelos insurgentes, e um deles foi morto. Eles vinham em coluna, com seus clientes, quando foram interpelados pelos insurgentes perto da aldeia Nandimba. Uma testemunha disse que o moto-taxistas da frente foi atingido com uma bala e deixou cair a mota, tendo fugido pela mata dentro. Os outros dois, com respectivos clientes, conseguiram fugir ilesos. Uma hora depois do sucedido, populares digiram-se ao local dispostos a enfrentar os insurgentes e depararam com o pior. O cidadão baleado tinha sido decapitado, a goela exposta. As motas foram deixadas, mas toda a trouxa dos passageiros foi roubada. (Carta)
O credenciado músico zimbabweano, Oliver Mtukudzi, morreu hoje na capital zimbabweana, Harare, vítima de doença.
A Gallo Records, sua gravadora de longa data confirmou a notícia na tarde desta quarta-feira, mas não adiantou mais detalhes.
No entanto, a morte do ícone da música zimbabweana foi reportada igualmente por várias órgãos de comunicação renomados, entre os quais o NewsDay, o Health Times, sendo que ambos informaram que a morte foi confirmada por um membro da família, isto é, uma fonte segura.
O músico de 66 anos, apelidado de Tuku, vinha lutando pela sua saúde há mais de um mês. Além de músico, Mtukudzi era empresário, filantropo, activista de direitos humanos e Embaixador da Boa Vontade da UNICEF para a Região da África Austral.
Ele lançou 58 álbuns ao longo da sua carreira.
O Millennium bim foi, uma vez mais, reconhecido como o Melhor Banco de Moçambique na área de Trade Finance Providers, em 2018. Este galardão foi-lhe atribuído pela prestigiada revista de referência internacional em informação sobre mercados financeiros e análise do sector bancário mundial, Global Finance. A cerimónia de premiação teve lugar há poucos dias, em Londres, Reino Unido, durante o BAFT (Europe Bank to Bank Forum), sendo esta a 3ª vez que o Banco recebe o galardão que destaca o Millennium bim como a melhor instituição bancária do mercado em soluções de Trade Finance disponibilizadas aos seus Clientes, no apoio a operações de comércio internacional.
Esta distinção da Global Finance como “Melhor Banco de Moçambique em Trade Finance” junta-se a outros prémios internacionais de relevo atribuídos pela Euromoney e Global Finance, de entre outras instituições, como Melhor Banco de Moçambique e que fazem do Millennium bim a instituição bancária mais premiada do país.
Os critérios de selecção da Global Finance para a atribuição do prémio tem como indicadores a qualidade do atendimento, o volume de transacções relacionadas com o comércio, o âmbito da cobertura global, a competitividade dos preços, a disponibilização de produtos, serviços e tecnologias inovadoras, gestão de risco, entre outros. A escolha da Global Finance foi realizada tendo em consideração as opiniões de reputados analistas do sector, especialistas em tecnologia e quadros seniores de todo o mundo. Esta eleição foi ainda reforçada por um estudo de opinião junto dos leitores da revista internacional, nos quais se encontram os líderes de opinião do mercado financeiro internacional, seguradoras de crédito, empresas, correctores e consultores.
De acordo com José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “este prémio vem reconhecer uma vez mais o empenho e qualidade do Banco na promoção de serviços e produtos que tenham um impacto significativo na vida dos moçambicanos. Este prémio reconhece também todo um trabalho conjunto garantido por todos os nossos Colaboradores”. O Millennium bim é o maior grupo financeiro de Moçambique, tendo, actualmente, 1,8 milhões de Clientes. Este indicador revela o reconhecimento dos moçambicanos pelo desempenho do Banco e forte contributo para a bancarização, inclusão financeira das populações, e consequentemente, para o desenvolvimento da economia moçambicana.
O Millenium bim é o maior grupo financeiro moçambicano e tem marcado o ritmo de crescimento do sector bancário nacional. No processo de bancarização da economia moçambicana, o Banco está presente em todas as províncias do país e conta hoje com uma vasta rede de balcões, mais de 300 agentes bancários e uma das maiores redes de ATM e POS, e com o contributo dos seus 2.500 colaboradores que servem mais de 1,8 milhões de clientes. O Millennium bim é o primeiro banco moçambicano presente no ranking dos 100 maiores Bancos de África. (Carta)