Quase três meses após o incidente que levou o avião Boing B737-700 NG, das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), a sair da pista no Aeroporto de Quelimane, província da Zambézia, com cinco tripulantes e 99 passageiros, a Comissão de Inquérito criada para averiguar a situação concluiu ter sido o “erro humano”, associado a ventos fortes, chuva e pista curta e molhada daquela infra-estrutura aeroportuária que concorreram para a ocorrência daquele infortúnio.
Em conferência de imprensa concedida esta quarta-feira, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) revelou não terem sido detectados quaisquer problemas mecânicos na aeronave.
Segundo João De Abreu, o incidente poderá ter sido causado também pela falta de experiência dos tripulantes, sobretudo do co-piloto. A fonte explicou ainda que, naquele tipo de casos, a companhia de bandeira devia ter efectuado uma avaliação de risco para operar aquela aeronave em pistas curtas, como as de Quelimane, Nampula e Pemba.
Segundo João De Abreu, durante o inquérito, a Comissão não procurou culpados, mas encontrar as razões do acidente. “Portanto, nós não criminalizamos, mas investigamos as causas para evitar que, no futuro, possa haver uma situação similar”, disse.
Refira-se que o incidente ocorreu na tarde do dia 26 de Fevereiro, quando a aeronave Boeing 737-700 tentava aterrar no Aeroporto de Quelimane. Não houve qualquer vítima mortal e nem ferido. Apenas houve danos materiais. (Marta Afonso)