Volvidos quatro anos da intervenção do Banco de Moçambique, o Moza Banco alcança Break Even e fecha o ano de 2020 com resultado positivo de 146 milhões de Meticais contra 776 milhões de Meticais negativos em 2019, consolidando a sua posição de Banco referência do sistema financeiro Moçambicano e reforçando a confiança dos seus clientes e demais stakeholders.
Este resultado foi apresentado pelo Conselho de Administração no passado dia 20 de Abril na assembleia-geral ordinária do Banco, onde os accionistas aprovaram o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2020.
Apesar do contexto adverso, o Banco manteve o seu registo de recuperação e crescimento, fruto da confiança que os clientes e o mercado têm vindo a reafirmar em relação à sua actividade e desempenho. Esta parceria, que tem vindo a ser consolidada com os demais stakeholders do Banco, ficou evidenciada nos índices de crescimento que o banco apresentou relativos à sua actividade durante o exercício em apreço – crescimento do seu activo em 14%, crescimento dos recursos em 20%, e um ligeiro crescimento da carteira de crédito em 1%.
Esta trajectória estratégica, que tem vindo a ser desenvolvida nos últimos três anos e meio, após a profunda reestruturação operacional, saneamento financeiro e reconfiguração da estrutura de capital – resultante da intervenção do Banco Central - fica agora ainda mais bem ilustrada com o alcance do seu Break Even.
O ano de 2020 marca ainda uma representatividade significativa em termos de quotas de mercado – activos 6,1%, depósitos 6,1% e crédito 10,3% - consolidando assim o Moza Banco como um Banco referência do sistema financeiro moçambicano.
Em relação ao exercício de 2020, o PCA do Moza Banco, João Figueiredo, afirma: “demonstrámos uma forte capacidade de superar dificuldades, ampliar a geração de receitas, mantendo a solidez de balanço e uma situação de liquidez confortável”.
Como consequência do aumento do envolvimento financeiro com os seus clientes e rigorosas práticas de gestão prudencial, o Banco apurou no final do ano transacto um rácio de liquidez de 42,5 %, acima do indicador regulamentarmente estabelecido de 25,%. O Banco termina ainda o ano de 2020 com um rácio de solvabilidade de 14,83%, superando o mínimo de 12% definido pelo Banco de Moçambique.
O Banco continua a expandir a sua base de clientes, tendo captado 25 mil novos clientes em 2020 e registado um crescimento significativo das transacções nos canais digitais, tendo crescido 21% no canal USSD, comparativamente a 2019, num ano definido pela necessidade dos seus clientes de interagirem fora do espaço físico das agências.
Como corolário deste nível de desempenho, o Moza Banco apresenta em 2020 uma melhoria significativa dos índices de rendibilidade e eficiência, comparativamente ao igual período de 2019. A rendibilidade de capitais próprios (ROE) e rendibilidade dos activos (ROA) situaram-se em 1,87% positivos (2019: 9,07% negativos) e 0,31% positivos (2019: 1,85% negativos), respectivamente.
O PCA do Moza Banco, João Figueiredo, destacou ainda a ampliação da rede de distribuição, com a abertura de 11 novas agências em distritos até então não bancarizados, “temos neste momento uma rede de 70 agências bancárias e acelerámos o nosso programa de banca à distância, através de um conjunto de iniciativas, das quais se destacam a interoperabilidade das carteiras móveis, o POS virtual e o lançamento de uma nova plataforma tecnológica já em 2021.
Num ano marcado, em termos económicos, pelo impacto da pandemia do Covid-19, o Moza Banco comprovou com estes resultados a sua resiliência e inicia o ano de 2021 com um balanço mais robusto e confiante, num quadro em que se aguarda que a economia Moçambicana supere as vicissitudes do efeito negativo da pandemia e progressivamente crie as condições de retoma da actividade económica tão aguardada por todos os seus clientes. (Carta)