O Departamento de Serviços Científicos do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) está a implementar uma experiência para melhorar o reflorestamento da Serra da Gorongosa. Foram plantadas 2.880 mudas de árvores em 5 hectares com a ajuda dos alunos do Mestrado em Biologia de Conservação e 106 alunos de comunidades da serra. As crianças plantaram árvores, aprenderam sobre a importância das florestas e, o mais importante, voltaram para casa prontas para ensinar as suas famílias sobre a conservação das florestas.
O objectivo desta experiência é ajudar a melhorar o reflorestamento, encontrando maneiras naturais de limitar os danos dos insectos nas mudas e promover o melhor crescimento dasO objectivo desta experiência é ajudar a melhorar o reflorestamento, encontrando maneiras naturais de limitar os danos dos insectos nas mudas e promover o melhor crescimento dasPage 2plantas. Um segundo objectivo importante é proporcionar aos residentes na Serra da Gorongosa novas fontes de alimentação enquanto restauram a floresta através de um projecto agroflorestal que incorpora o plantio de feijão entre as mudas. A aplicação de ecologia química e agrossilvicultura ao reflorestamento incluiu o plantio de uma mistura de nove espécies nativas quimicamente semelhantes (em termos das defesas que produzem – por exemplo alcalóides e taninos) ou quimicamente distintas. As parcelas com espécies quimicamente distintas podem ser menos atacadas por insectos herbívoros, permitindo que as árvores cresçam melhor com o tempo.
O plantio de feijão na metade das parcelas testará como a capacidade do feijão de fixar o azoto da atmosfera e enriquecer o solo ajudará no crescimento das mudas, ao mesmo tempo que fornece uma fonte de nutrição para as pessoas da serra. Se as pessoas obtiverem uma fonte de alimento dos lotes de reflorestamento, elas provavelmente protegerão o projecto de reflorestamento de queimadas descontroladas, que são uma séria ameaça à conservação na serra.
Sobre o Mestrado de Biologia de Conservação
O Programa de Mestrado em Biologia de Conservação foi criado em 2017 pelo Projecto da Gorongosa com uma bolsa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e foi desenvolvido por um consórcio de três instituições Moçambicanas de ensino superior (Universidade Zambeze, Universidade Lúrio e Instituto Superior Politécnico de Manica) em parceria com a Universidade de Lisboa de Portugal e o Parque Nacional da Gorongosa no âmbito dasO Programa de Mestrado em Biologia de Conservação foi criado em 2017 pelo Projecto da Gorongosa com uma bolsa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e foi desenvolvido por um consórcio de três instituições Moçambicanas de ensino superior (Universidade Zambeze, Universidade Lúrio e Instituto Superior Politécnico de Manica) em parceria com a Universidade de Lisboa de Portugal e o Parque Nacional da Gorongosa no âmbito dasPage 3actividades de BioEducação deste último, com o objectivo de preparar jovens Moçambicanos para o desenvolvimento da conservação na sua nação tão rica em biodiversidade.
O programa é o primeiro e único mestrado em biologia de conservação em Moçambique, e é o único programa de mestrado no mundo dentro de um parque nacional. O programa oferece uma experiência educativa verdadeiramente única no qual os estudantes estão completamente imersos na conservação—interagindo com biólogos, fiscais do Parque e especialistas em relações comunitários e em ecoturismo. Ao estudar, realizar investigações, e viver no parque mais emblemático de Moçambique, os estudantes ganham muito mais do que uma educação académica; a sua vida inteira está integrada na prática de conservação de áreas protegidas.
Neste programa de dois anos, os estudantes completam os seus créditos académicos através de módulos intensivos de curto prazo, ministrados por uma equipa de professores convidados de todo o mundo. A profundidade e amplitude dos módulos oferecidos é comparável com outros programas de mestrado em biologia de conservação em universidades tradicionais, mas o programa de mestrado na Gorongosa enfatiza fortemente o trabalho de campo e os conhecimentos práticos, preparando os estudantes para futuras carreiras como cientistas, gestores de recursos naturais, e especialistas em relações comunitárias.