Dois camponeses residentes nos arredores do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), na província de Cabo Delgado, foram condenados a seis anos de prisão efectiva, acusados de praticar caça proibida. Em causa está o facto de terem sido encontrados na posse de 60 Kg de carne de elefante, em Maio de 2019.
A sentença foi proferida na quarta-feira passada, 27 de Maio, pelo Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado (TJPCD). Segundo o Tribunal, os dois camponeses foram condenados a seis anos de prisão e não entre 12 a 16 anos de prisão efectiva, tal como recomenda a Lei, pelo facto de não terem sido encontrados com os troféus do animal.
A sentença não foi do agrado das autoridades do PNQ, representadas por Assane Mussa, Chefe da Fiscalização, que considerou reduzida a pena aplicada aos dois arguidos. Entretanto, Assane Mussa disse que não restava mais nada que se conformar com a sentença, pois, vai servir de lição para outros grupos que praticam a caça furtiva e à população que, em algum momento, pode querer fazer o mesmo.
Aos condenados, o Juiz do processo, Geraldo Patrício, disse: “vocês até podiam ter consumido a carne do elefante abatido, que era avaliada em 120 mil Mts e por não ter sido provado que abateram o elefante, mas antes deviam ter denunciado o caso às autoridades do Parque”.
Geraldo Patrício avançou que as autoridades do Parque é que decidem sobre o destino a dar aos animais protegidos por Lei e abatidos ilegalmente. Esta é a segunda condenação ligada à caça proibida em Cabo Delgado no presente ano. Em Fevereiro, o mesmo Tribunal condenou três caçadores furtivos a 12 anos de prisão efectiva, também detidos no PNQ. (O.O.)