O presidente do banco africano Ecobank disse hoje, em entrevista à Lusa, que o objetivo em Moçambique é tornar a operação lucrativa e que o banco pretende crescer juntamente com o desenvolvimento económico do país.
"Continuamos empenhados em Moçambique e temos uma boa operação no país, queremos que a operação se torne lucrativa à medida que o país continua a progredir na trajetória de desenvolvimento económico", disse Ade Ayeyemi.
Em entrevista à Lusa a partir de Lomé, a capital do Togo, o presidente do maior banco africano explicou que o Ecobank "vai beneficiar por ser parte dessa economia que está a melhorar" e acrescentou que a presença no país lusófono insere-se num contexto regional.
"Temos filiais nos países vizinhos, no Zimbabué, na Tanzânia, e Moçambique é parte do sistema, do ponto de vista geográfico", disse o banqueiro.
Moçambique é um dos países lusófonos onde o Ecobank, uma instituição financeira pan-africana está presente, para além da Guiné Equatorial, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, depois da saída de Angola no final do ano passado.
"Angola é uma boa economia africana, tem muitos minerais e está a fazer progressos depois da mudança de Governo, está a ir para onde deve ir, mas nós não temos uma operação lá desde o final do ano passado", disse o banqueiro.
Questionado sobre a razão da saída, Ade Ayeyemi responde apenas que "foi uma decisão económica, demora tempo... nunca começámos, tivemos licença, conversámos com o regulador, demorou muito tempo até conseguirmos sair, mas saímos e já não somos um banco em Angola".
Em Moçambique, o Ecobank tem quatro filiais nas maiores cidades, duas no Sul, uma no centro e outra no norte, empregando 118 pessoas.
A Lusa questionou o banco sobre os resultados do ano passado, mas uma fonte oficial respondeu que as contas da operação em Moçambique não serão divulgadas antes de auditados.(Lusa)