Num cenário, em que as estatísticas sobre empregabilidade no país apontam para a existência de cerca de 800 mil postos de trabalhos formais, para uma força laboral de aproximadamente 13 milhões, segundo dados do Index Mundi, a Embaixada do Reino dos Países Baixos, em Maputo, recebeu e graduou, há dias, 18 jovens empreendedores, incubados pelo programa BIZ, do Orange Corners Maputo (OCM).
A iniciativa é da Embaixada do Reino dos Países Baixos, em parceria com o BancABC, Heineken, Shell, Royal HaskoningDHV, Vodacom, Brithol Michcoma, sendo implementada pela ideiaLab, uma empresa moçambicana que apoia o desenvolvimento de startups e promove o empreendedorismo e a inovação.
Segundo Sónia Matsinhe, representante dos recém-graduados, o Orange Corners Maputo contribui para o fortalecimento do ecossistema empreendedor, criação do auto-emprego dos jovens e para o estabelecimento de um ambiente de negócios competitivo e inovador em Moçambique.
Matsinhe, que integra o grupo maioritário dos recém-graduados (mulheres), traz ao nosso contexto o “Paladar D'Terra”, uma startup de fabrico de pães nutritivos, feitos na base de farinha de trigo e tubérculos (mandioca e batata-doce).
A recém-graduada reconhece que os seis meses de acompanhamento que teve no COM, ajudaram a pensar “fora da caixa” e a trazer um produto mais consistente para o mercado moçambicano.
Henny de Vries, Embaixadora do Reino dos Países Baixos, em Moçambique, afirma que o propósito do Orange Corners Maputo é capacitar jovens empreendedores e dotá-los de ferramentas necessárias para aprimorarem as suas ideias de negócios, de modo a criar um impacto significativo no futuro do país. Pelo conhecimento adquirido, os empreendedores distribuídos em diferentes sectores de actividade, poderão partilhar as suas experiências e desenvolverem a sua comunidade.
“Esta é uma oportunidade macro, não somente por estes jovens aprenderem a criar oportunidades de negócio, mas também pela troca de experiências práticas com profissionais dos 12 países, onde o Orange Corners está presente, que já estão no mercado e têm vivência comprovada”, reiterou Vries.
Tal como Sónia Matsinhe, Vanda Lewis, fundadora da Bressol, startup que se destina à venda, aluguer e customização de roupa de segunda mão, também acoplada à uma base solidária, o OCM, através dos workshops práticos, masterclasses, networking, business advisory, entre outros, serviu para alavancar a sua ideia de negócio e a tirá-la do papel.
Para Dirce Sambo, representante da Muthiana Code, startup que promove o empoderamento das mulheres nas áreas de tecnologia digital e industrial, através de workshops e formações, o envolvimento com outros empreendedores no OCM ajudou a nutrir a sua ideia inicial e aumentar o seu networking.
Após as formações no Muthiana Code, são criadas soluções, usando o conteúdo aprendido, para os problemas que afectam a sociedade e as mulheres no geral.
Referir que esta é a quarta edição do programa de incubação de negócios BIZ, sendo que os 18 jovens envolvidos tiveram acesso a diversos recursos necessários para passarem da ideia ao negócio, criando startups inovadoras e sustentáveis, de modo a se tornarem casos de sucesso, e inspirar as suas comunidades. Esta foi uma experiência vivencial prática e única de aprendizagem sobre empreendedorismo e negócios.
Até a data, o Orange Corners Maputo já apoiou 1.400 empreendedores, sendo que 84 passaram pelo programa BIZ de incubação. (Carta)