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sexta-feira, 20 dezembro 2019 06:53

Ethiopian Mozambique Airlines faz balanço positivo dos seus 12 meses no ar

Passam 12 meses, desde que a Ethiopian Mozambique Airlines (EMA) iniciou as suas operações no espaço aéreo nacional. Foi a 1 de Dezembro de 2018 que o país testemunhou o primeiro voo da EMA, subsidiária da gigante africana Ethiopian Airlines, aprovada em Setembro de 2017, pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), para realizar voos domésticos.

 

Em conversa com “Carta”, o Delegado da Ethiopian Airlines em Moçambique, Daniel Tsige, fez um balanço positivo das operações daquela companhia aérea, afirmando que, durante este período, a mesma ofereceu um serviço orientado ao cliente, tendo cumprido em 95% os seus compromissos.

 

Segundo Daniel Tsige, de 1 de Dezembro de 2018 a 1 de Dezembro de 2019, a EMA tornou as viagens aéreas mais acessíveis para os moçambicanos, com a introdução de tarifas mais competitivas. Aliás, a entrada da EMA foi vista como um “balão de oxigénio” pelos utentes do transporte aéreo, alegadamente porque a mesma iria promover a competitividade nos serviços e, sobretudo, nas tarifas que eram praticadas pela sua maior concorrente, Linhas Aéreas de Moçambique.

 

“Tornamos Moçambique mais atraente para turistas e homens de negócio, pois, os nossos voos se estendem por todo o mundo, através de nossa empresa-mãe, a Ethiopian Airlines”, acrescentou a fonte, garantindo que o número de passageiros do transporte aéreo aumentou, após a chegada da sua companhia aérea.

 

Convidado a avaliar o mercado moçambicano, passado o primeiro ano, Tsige limitou-se apenas a dizer que o nosso país tem um potencial ainda não explorado de turismo e negócios, pelo que “estamos determinados em mostrar isso ao mundo”.

 

“Existem desafios em qualquer mercado e chegamos a Moçambique não apenas antecipando os desafios, mas também com a determinação de superá-los. Acreditamos no trabalho de todas as partes interessadas para o crescimento da indústria aérea, em África, em geral, e em Moçambique, em particular”, afirmou Tsige.

 

“Chegamos a Moçambique com um conhecimento significativo do mercado no mundo, em geral, e em África, em particular. A nossa marca internacional é conhecida pelos viajantes mais frequentes, especialmente pelo serviço focado no cliente e tarifas competitivas. Devido a isso, os nossos clientes tinham uma confiança estabelecida no nosso serviço”, garantiu a fonte, explicando que, mais do que dificuldades, a companhia encarou o desafio de atender às expectativas dos clientes, tendo em conta os serviços da Ethiopian Airlines, algo conseguido com sucesso.

 

Entretanto, questionado se a companhia não seguiria o mesmo rumo que a Fastjet, que abandonou o mercado nacional em Outubro último, dois anos depois de ter iniciado as operações, o Delegado da Ethiopian Airlines em Moçambique respondeu: “Somos uma marca grande e uma companhia aérea bem estabelecida, com poder financeiro significativo. Embora estejamos perdendo, actualmente, podemos recuperar a curto prazo para realizar o nosso sonho e o nosso objectivo estratégico a longo prazo, que é de aumentar o serviço aéreo em Moçambique”, defendeu a fonte, sem revelar a saúde financeira da companhia.

 

Recorde-se que a Fastjet, companhia que operava no mercado nacional com o certificado da Solenta Aviation, anunciou, a 21 de Outubro, o término das suas operações, no país, alegando “excesso de oferta contínua de assentos disponíveis por outras transportadoras em todas as rotas e o impacto financeiro negativo disso”. A companhia tinha iniciado as suas operações em Novembro de 2017.

 

“A saída de um concorrente é apenas uma má notícia para o público que viaja em Moçambique, pois, a concorrência oferece uma opção para os clientes”, sublinhou.

 

Referir que a Ethiopian Mozambique Airlines opera no mercado doméstico, fazendo ligações aéreas entre as cidades de Maputo, Nampula, Tete, Pemba, Beira, Nacala, Quelimane e Chimoio. A companhia opera com três aeronaves Bombadier Q 400. (A. Maolela)

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