O Fundo Mundial para Natureza-WWF lançou, na última sexta-feira, 13 de Dezembro, dois projectos que serão implementados em parceria com o Parque Nacional das Quirimbas, nos próximos quatro e cinco anos, em algumas comunidades dos distritos de Ibo, Quissanga, Metuge e Mecúfi, em Cabo Delgado.
No total, os dois projectos vão abranger cerca de 25 mil pessoas nos distritos arrolados no período de 2019 a 2023.
O lançamento da iniciativa contou com a presença dos representantes das comunidades dos distritos abrangidos, bem como diversas individualidades do governo provincial ligadas ao sector da justiça.
O primeiro projecto consiste no melhoramento da governança, meios de vida e ecossistemas para reduzir, durante cinco anos, a dependência dos recursos marinhos, bem como melhorar o valor económico e nutricional nas ilhas Ibo, Quirimbas e Quirambo. Este conta com o financiamento do Ministério da Cooperação e Desenvolvimento Económico da Alemanha num valor de 800 mil Euros.
O segundo começa em finais de 2019 e vai até ao ano de 2022. Será implementado nas comunidades de Mecúfi, Ibo e Quissanga, e consiste na expansão da gestão adaptativa para melhorar a eficiência da biosfera das Quirimbas.
Para este projecto está previsto o treinamento de 600 pessoas em matéria de gestão de ecossistemas, 360 em empreendedorismo para gestão, 50 experiências de trabalho entre os vários actores (como WWF, Parque Nacional das Quirimbas, instituições de investigação e de administração da justiça), além da capacitação de 10 comités comunitários de pesca e melhoramento das condições de trabalho.
O representante do Fundo Mundial para Natureza-WWF disse, no acto de apresentação, que os dois projectos são a continuidade de algumas actividades desenvolvidas na área marinha do Parque Nacional das Quirimbas, através do terminado projecto Bengo 2, as quais foram desenvolvidas na base dos padrões do novo Acordo da Natureza e Pessoas, que chama a humanidade a agir para o bem-estar do planeta.
Rodrigo Fernandes explicou que a meta final dos dois projectos é conseguir-se estabelecer uma boa gestão das pescarias, um aumento da biodiversidade marinha e a elevação da consciência das comunidades sobre os valores dos recursos que a natureza oferece. (Carta)