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BCI
segunda-feira, 16 dezembro 2019 08:23

Craque da UDS detido em posse de visto falso

Amara Chrisrina Ugwu, jogador nigeriano da União Desportiva do Songo, foi detido esta sexta-feira, em Maputo, em posse de um visto de trabalho falso.

O atleta preparava-se para viajar para o seu país natal, uma vez que o seu “contrato de trabalho” terminou a 30 de Novembro último, quando foi detido no Aeroporto Internacional de Mavalane.

 

Tanto quanto se sabe, Amara Ugwu chegou a Moçambique no início da época, com um visto de trinta dias, alegadamente, para realizar testes na UDS. Entretanto, acabou permanecendo no clube até ao final da temporada.

 

De acordo com o porta-voz da Direcção de Migração da Cidade de Maputo, Felizardo Jamaca, os documentos apreendidos ao atleta conferiam-lhe um visto de trabalho falso, razão pela qual se arrisca a uma pena que inclui o pagamento de multas diárias.

 

Corrupção na DNIC: Detido cidadão congolês com BI moçambicano

 

Por outro lado, um cidadão de nacionalidade congolesa está a contas com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), desde quarta-feira, na Matola, por porte de Bilhete de Identidade (BI) falso e uso de dados falsificados.

 

A informação foi partilhada, na tarde da última quinta-feira, pelo porta-voz da Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC), Alberto Sumbana, tendo referido que Mputela Thiery é o nome verdadeiro do indivíduo, que vive em Moçambique há anos, na condição de refugiado.

 

“Para tratar o BI, o cidadão pagou 3000 Mts a um funcionário da DNIC que se encontrava a trabalhar numa brigada móvel, na Matola, e exibiu um Assento de Nascimento também falsificado, com uma referência que não existe na conservatória onde o mesmo, supostamente, teria tratado o documento. No documento, o cidadão chama-se (agora) Samuel Paulo de Sousa, nascido em 1984, sendo que no seu documento de refugiado o mesmo apresenta 1988 como ano de nascimento”.

 

Conforme avançou Sumbana, estão a ser tomadas medidas a nível interno para que o funcionário que atendeu o referido cidadão seja responsabilizado, visto que o mesmo já foi identificado.

 

“Neste momento, estão a decorrer trabalhos de investigação para aferir de que forma ele foi atendido, tendo em conta que a certidão por si só já apresenta indícios suficientes de não ser um documento autêntico”.

 

O porta-voz sublinhou ainda que o BI (em si) que se encontrava na posse do congolês não é falso, só que o mesmo foi obtido com base na apresentação de documentos falsos. Portanto, trata-se de um BI falsificado – logo, para além do crime de falsificação de documento, o cidadão irá responder também pelo crime de falsificação de identidade.

 

Refira-se que só este ano o Serviço Nacional de Identificação Civil já expulsou sete funcionários em conexão com actos de falsificação de documentos, o que concorre para o crime de corrupção. (Carta)

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