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BCI
segunda-feira, 21 outubro 2019 13:11

Iniciou nova dragagem no canal de acesso ao porto de Maputo

Chegaram nos dias 14 e 15 de Agosto e iniciaram as suas operações no dia 16 de Outubro. São elas a Francesco de Giorgio e a Henri Pitot, duas dragas pertencentes à empresa Jan de Nul Dredging Ltd., que já estão a fazer uma dragagem de manutenção ao longo dos canais de acesso ao Porto de Maputo.

 

A dragagem irá incidir sobre os canais da Matola, Katembe, Polana, Xefina e Canal do Norte e serão removidos cerca de 1.5 milhões de metros cúbicos de lama e areia. Serão também mantidas as cotas dos cais dos terminais de Maputo e Matola.

 

A Francesco Di Giorgio é uma draga de sucção com tremonha, para operações em solo macio e semi-duro a uma profundidade máxima de 28 metros. A sua capacidade de armazenagem de lama e areia é de 4,400 m3. A Henri Pitot é uma draga de injecção de água, para operações de nivelamento de fundos em solo macio e semi-duro a uma profundidade máxima de 27 metros.

 

As duas dragas irão operar em simultâneo, ou seja, a draga de injecção de água seguirá a draga de sucção. As embarcações já iniciaram a operação no canal do Polana e irão de seguida operar nos canais da Matola, Katembe, Xefina e Norte,  seguindo-se a intervenção nos cais.

 

Para tirar proveito da presença das dragas no projecto de manutenção dos canais de acesso ao Porto, a MPDC irá usar as mesmas no projecto de reconstrução dos cais 6, 7, 8  e 9. Recorde-se que este projecto de reabilitação – com fim previsto para o segundo trimestre de 2020 - inclui trabalhos de dragagem de aprofundamento dos actuais -12m para -16m (cais 6, 7, 8) e -15 metros (cais 9), respectivamente. O trabalho está previsto ser executado em 10 dias para remover cerca de 106,000 metros cubicos de sedimentos.

 

A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) é uma empresa privada, nacional, que resulta da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique, Grindrod, DP World e Mozambique Gestores. 

 

O Porto de Maputo foi concessionado pelo Governo Moçambicano à MPDC em 2003 mas ganhou uma nova dinâmica em 2008 quando a Grindrod e a DP World adquiriram a maioria das acções da Portus Indico, o maior accionista (51%) e patrocinador do projecto.

 

A dragagem do canal de acesso ao Porto de Maputo foi concluída com sucesso em 2011 e serviu de âncora para a implementação do Plano Director, uma vez que permitiu que o Porto passasse a receber navios de até 65.000 toneladas.

 

A MPDC detém os direitos de financiamento, reabilitação, construção, operação, gestão, manutenção, desenvolvimento e optimização de toda a área de concessão. A empresa tem também poder de Autoridade Portuária, sendo responsável pelas operações marítimas, reboque, estiva, operações nos terminais e armazéns, bem como planeamento e desenvolvimento portuário.(Carta)

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