Está confirmado. Oito anos depois de ter sido banida de voar no espaço europeu, a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) voltará a aterrar e levantar voos a partir do “velho continente”. Esta segunda-feira, a companhia de bandeira anunciou o seu regresso à Lisboa, capital portuguesa, a partir de 31 de Março de 2020, com a realização de três voos semanais.
O regresso àquela cidade da Península Ibérica foi tornado público pelo Chefe do Departamento de Marketing, Adil Ginabay, e acontece três meses depois de o Presidente da República, Filipe Nyusi, ter anunciado o possível regresso desta companhia ao espaço europeu, após as companhias moçambicanas terem sido retiradas da lista negra, em Maio de 2017. Cerimónia idêntica teve lugar também, ontem, em Lisboa e foi dirigida pelo Director Geral da empresa João Carlos Pó Jorge.
No seu regresso à Europa, a companhia de bandeira terá como parceiro a Hi Fly, uma companhia aérea privada portuguesa, que tem a sua base operacional no Aeroporto de Beja. A parceria, explicou Adil Ginabay, consistirá na disponibilização de aeronave Airbus A340-330, com capacidade para 267 lugares e a sua respectiva tripulação técnica (Piloto e Co-Piloto), enquanto a LAM irá oferecer, na totalidade, os seus serviços de bordo. No que toca a tripulação de cabine, as duas companhias terão 50 por cento cada dos seus operadores.
Sem revelar os custos envolvidos, o Chefe de Departamento de Marketing na LAM explicou que, nesta primeira fase, a parceria irá durar seis meses. Os voos serão realizados no período nocturno, sendo que às quartas, sextas-feiras e domingos o percurso será Maputo-Lisboa e as terças, quintas-feiras e sábados o percurso será inverso, ou seja, Lisboa-Maputo. A bordo, a LAM irá oferecer três tipos de serviços: a classe Executiva (12 lugares), Económica Premium (42 lugares) e Económica (213 lugares).
Questionado sobre a viabilidade da operação, Ginabay explicou que a LAM entra no negócio segura do sucesso, pois, há demanda durante o período em que irão começar as operações. Explicou ainda que, neste tipo de percurso, a mais-valia não é apenas para o voo Maputo-Lisboa em si, mas para uma vasta rede de cidades a ser alimentadas, como Porto (Portugal), Madrid (Espanha), Beira (Moçambique) e Johannesburg (África do Sul), que também serão beneficiados pelos voos da LAM.
Para fazer face a concorrência, a LAM garante que irá aplicar tarifas competitivas, para além de prestar o seu melhor de bordo, tal como fez durante o período em que voo para aquela cidade portuguesa. (Carta)