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quarta-feira, 03 julho 2019 06:23

Fraca participação da mulher na política: PNUD aponta questões sócio-culturais

O Chefe do Projecto Eleitoral do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), André Castilho, defende que a fraca participação da mulher, no processo eleitoral e na política, no geral, deve-se a questões sócio-culturais, visto que o nosso país é mais dominado pela sociedade patrilinear (encontra-se a sul do rio Zambeze), onde a participação dos homens é muito mais forte, tradicionalmente.

 

O especialista defendeu esta tese, esta terça-feira (02 de Julho), à margem da realização do workshop sobre o engajamento das mulheres no processo eleitoral, quando questionado pelos jornalistas sobre as razões que estão por detrás da fraca participação da mulher nas eleições, tendo em conta a aproximação da época eleitoral.

 

Segundo dados do último recenseamento eleitoral, 54 por cento dos inscritos nos cadernos eleitorais são mulheres, mas o que tem acontecido é que, na hora da votação, as mulheres não têm participado em maior número.

 

Entretanto, Castilho entende que Moçambique ainda pode reverter esta situação nas próximas eleições, candidatando mais mulheres às Assembleias Provinciais, Assembleia da República, assim como ao cargo de Governador da Província, tendo em conta que representam mais da metade dos recenseados no país.

 

Para Castilho, o voto é uma das formas que a mulher tem de participar na vida política do país, escolhendo os candidatos certos que possam defender com maior eficácia os seus direitos. (Marta Afonso)

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