Para garantir água potável a 19 mil famílias, a empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) está, desde finais do ano passado, a executar 11 projectos para melhorar o abastecimento do precioso líquido na Cidade e província de Maputo.
Dados fornecidos à “Carta”, ontem pelo PCA da empresa, Elias Machava, indicam que as obras estão orçadas em pouco mais de 16 milhões de Mts. Questionado sobre as receitas esperadas com o investimento, Machava disse não haver espectativa de lucro, alegadamente, porque o objectivo principal é estabilizar o consumo de água às famílias afectadas.
“Não há espectativa do lucro. O principal ganho é mesmo a estabilização do serviço, mais disponibilidade de água às pessoas”, afirmou a fonte. Em relação à execução das obras, o PCA da AdeM já avançara, há dias, em conferência de imprensa, em Maputo, que ronda nos 60 por cento.
Na mesma ocasião, Machava afirmou que o término das obras em curso está previsto para finais de Junho corrente. O PCA da AdeM disse também que, findas as obras, as famílias poderão beneficiar-se de mais água que a Barragem dos Pequenos Libombos, a principal fonte de abastecimento de água ao Grande Maputo, tem (neste momento a quantidade é estimada em cerca de 120 milhões de metros cúbicos), até à próxima época chuvosa, Outubro.
Das obras concluídas, destaque vai para o projecto de instalação de cerca de dois quilómetros de conduta de água de reforço ao bairro de Maxaquene B, bem como a instalação da Estação Elevatória e construção de infra-estruturas complementares, ambos orçados em seis milhões de Mts.
Está, igualmente, concluído o projecto de instalação de tubagem de reforço ao bairro de Campoane, tendo custado à empresa 478 mil Mts. Ainda em execução estão os projectos de instalação de tubagem de reforço no bairro de Sommerchield II (Rua Beijo da Mulata), que vai custar à empresa pouco mais de 702 mil Mts. Em curso está também o projecto de abertura de dois furos de água no distrito municipal KaTembe, orçado em 3.5 milhões de Mts.
Segundo o PCA da AdeM, decorrem também obras para melhorar o fornecimento nos bairros localizados nas extremidades da rede de distribuição, sendo, por isso, as mais afectadas. Trata-se de Juba, Jonasse, Campoane, Tchumene, Mulotane, George Dimitrov, 25 de Junho, Mapulene e Chiango, em que findas as obras 14 mil famílias terão acesso à água potável. A AdeM conta, neste momento, com cerca de 250 mil clientes, dos quais 95 por cento são domésticos e o restante é industrial. (Evaristo Chilingue)