Falando nesta quarta-feira, em Maputo, o Provedor de Justiça de Moçambique, Isaque Chande, disse que as linhas do diálogo devem manter-se entre o Governo e a Associação Médica de Moçambique (AMM), no âmbito do interesse nacional.
“Nós queremos ter nossos médicos a trabalhar, as populações que tenham o acesso à saúde. Acredito que o diálogo não está fechado. É verdade que as posições estão a extremar-se, mas nada que não possa ser resolvido com a negociação. É de alguma forma necessário que se aprimore a resolução sobre este assunto, para que tudo seja muito claro”.
Chande observou que, nas peças a que teve acesso, as pessoas ouvidas diziam, por exemplo, que era preciso clarificar o próprio conceito de serviços mínimos. Então, tem de se trabalhar nesse sentido para a materialização desse direito.
Lembre-se que a Associação Médica teve o último diálogo com o Governo no dia 06 de Julho, poucos dias antes do início da segunda fase da greve e até agora nunca mais manteve nenhum encontro com a classe e argumenta que vários associados continuam a queixar-se dos cortes no salário. (Carta)