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sexta-feira, 30 dezembro 2022 07:43

Líderes mundiais já confirmaram presença na posse de Lula da Silva e Moçambique será representado pela Presidente da AR

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Pelo menos 20 líderes mundiais, entre chefes de estado e de governo e ministros dos Negócios Estrangeiros já confirmaram presença na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcada para domingo, 1º de Janeiro de 2023, entre os quais, os presidentes de Angola, João Lourenço, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza. Da África, confirmaram ainda presença os presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló e do Togo, Faure Gnassingbe, enquanto Moçambique estará representado na cerimónia pela Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, segundo fontes diplomáticas em Brasília.

 

O número de chefes de estado e de governo esperados para a cerimónia já é o dobro do registado na posse de Jair Bolsonaro, em 2019. O anúncio foi feito pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo embaixador Fernando Igreja, responsável pela organização da posse de Lula. Os convites foram feitos, segundo Igreja, aos países com os quais o Brasil possui relações diplomáticas.

 

Os 19 chefes de Estado confirmados são o Rei da Espanha, Filipe VI de Espanha e os Presidentes da Alemanha Frank-Walter Steinmeier, Angola, João Lourenço, Argentina, Alberto Fernández, Bolívia, Luis Arce, Cabo Verde, José Maria Neves, Chile, Gabriel Boric, Colômbia, Gustavo Petro, Equador, Guillermo Lasso, Guiana Irfaan Ali, Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, Honduras,  Xiomara Castro , Paraguai, Mario Abdo Benítez, Peru, Pedro Castillo, Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, Suriname, Chan Santokhi, Timor Leste, José Ramos-Horta, Togo, Faure Gnassingbe e Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou.

 

Segundo o diplomata responsável pela cerimónia, ao todo, 65 delegações estrangeiras, incluindo Chefes de Estado e de Governo, vice-presidentes, chanceleres, enviados especiais e representantes de organismos internacionais estarão no Itamaraty, no dia 1º de Janeiro, para cumprimentar Lula pela vitória.

 

Até à semana passada, 17 chefes de Estado e de Governo haviam confirmado a presença. Entraram na lista os presidentes do Togo e de Honduras.

 

De acordo com o embaixador Fernando Igreja, responsável pela cerimónia da tomada de posse, este será o maior evento com autoridades estrangeiras de alto nível no Brasil desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Ele revelou que vários encontros bilaterais com Lula já foram solicitados e serão avaliados.

 

"A posse do presidente eleito supera o número de autoridades estrangeiras que estiveram presentes na Olimpíada no Rio de Janeiro", disse Igreja.

 

O presidente do México, Antonio Manuel López Obrador, enviará a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller. Também confirmaram presença os vice-presidentes de China, Cuba, El Salvador e Panamá.

 

Estarão ainda em Brasília os vice-primeiros-ministros do Azerbaijão e da Ucrânia, os presidentes do Conselho da Federação da Rússia (equivalente ao Senado), da Assembleia Nacional Popular da Argélia, da Assembleia Consultiva Islâmica do Irão, do Senado e da Assembleia Nacional da República Dominicana, da Assembleia da República de Moçambique, dos Senados da Jamaica e da Guiné Equatorial e do Parlamento Nacional da Sérvia.

 

Outros confirmados são os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Costa Rica, Autoridade Nacional Palestina, Guatemala, Gabão, Zimbabwe, Haiti, Nicarágua, África do Sul, Camarões e Arábia Saudita e 16 enviados especiais, entre eles da União Europeia, Estados Unidos da América, Reino Unido, Japão, França e Organização das Nações Unidas.

 

Igreja enfatizou que a presença de chefes de Estado e de governo —autoridades consideradas de alto nível pelo Itamaraty — demonstra a importância que esses países estão dando à posse do presidente Lula e à volta do Brasil ao cenário internacional como um parceiro relevante.

 

"Países de todos os continentes estarão presentes", afirmou o diplomata.

 

Apesar da incapacidade de voltar a reunir toda a América do Sul, a tomada de posse de Lula entrará para a história democrática do país como a cerimónia com o maior número de líderes estrangeiros.

 

O número, mesmo se não crescer mais, representará uma presença três vezes maior que a participação de líderes estrangeiros na posse de Jair Bolsonaro. Naquele momento, expoentes da extrema direita, como o húngaro Viktor Orban, estiveram presentes.

 

Desta vez, a presença estrangeira tem como meta blindar a posse, sinalizar o reconhecimento internacional do processo eleitoral brasileiro e mandar um recado de condenação a qualquer tentativa de ruptura institucional no país. (Carta)

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