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domingo, 19 junho 2022 16:35

João Figueiredo abandona o barco do Desportivo de Maputo e deixa um alerta: há aves de rapina que querem vender as instalações do clube

Desportivo min
O conhecido gestor bancário, João Figueiredo (actualmente Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco) anunciou a sua saída do Grupo Desportivo de Maputo ( GDM, onde ele era também presidente da Assembleia Geral. Ele diz, numa nota enviada à "Carta", que “impedido de dar continuidade com normalidade e clima de urbanidade ao funcionamento da Assembleia do Grupo Desportivo de Maputo, decidi apresentar a minha demissão”.

 

No sábado, Figueiredo enviou o seu pedido de demissão ao Vice Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Maputo, António Grispos. Nessa nota, ele alegou “razões de ordem pessoal”, na sequência dos factos ocorridos na Assembleia Geral agendada para sábado último. 

 

“Fundamento este pedido de demissão no quadro global que tem caracterizado as últimas Assembleias Gerais do GDM, e cujos factos são do conhecimento público.

 

João Figueiredo não só deu a conhecer a sua saída ao actual Presidente da Direcção “Alvi-negra”, Paulo Ratilal, como também escreveu ao Secretário de Estado do Desporto, o actor Gilberto Mendes. Na missiva para Gilberto Mendes, ele denuncia um clima ingovernável com agendas muito pouco claras, cuja cara visível é um conjunto de sócios que fazem parte da claque do futebol e que se designa por ‘raça’. O nível dos representantes desta claque é francamente muito aquém do mínimo para que possamos manter um diálogo minimamente racional”.

Figueiredo vai mais longe. Escreve que "os membros da referida claque boicotam assembleias atrás de assembleias do Clube e não deixem trabalhar quem quer trabalhar em prol do Clube. Mas estes não são, na minha opinião, os verdadeiros mentores. São apenas um instrumento de uma ‘mão invisível’ que comanda à distância e sem nunca dar a cara, um movimento anárquico com objetivos obscuros”.

 

E deixou uma alerta: “Cuidado, porque o que corre nos corredores é que o objectivo final é dilapidar o patrimônio do Clube em prol de negócios imobiliários. Acontece que as instalações da Sede do Clube (e que desperta o apetite das invisíveis aves de rapina) são áreas de concessão cedidas (julgo que pela autarquia) em tempo, e que se destinavam exclusivamente para a prática de desporto nacional. Não deixem vender essas instalações para novos negócios imobiliários. Elas foram cedidas exclusivamente para o prática desportiva”,(Carta)

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