Em Moçambique, cerca de 100 mil pessoas são diagnosticadas com tuberculose (TB) por ano. Deste número, 12 mil são crianças, o que preocupa cada vez mais as autoridades da saúde e obriga o sector a redesenhar novas estratégias para melhorar o diagnóstico da doença.
Os dados foram partilhados pelo director-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Ilesh Jani, durante o simpósio internacional de discussão de resultados da TB Speed, que decorreu na semana finda em Maputo.
Segundo Ilesh Jani, Moçambique está entre os 23 países do mundo com um alto índice da doença e a mesma constitui a principal causa de morte e muitas vezes associada ao HIV/Sida.
Jani frisou que, com o projecto TB Speed, serão introduzidas reformas para garantir a melhoria do diagnóstico da tuberculose infantil, visto que o mesmo tem sido complicado, pois, as crianças apresentam um nível de concentração de bactérias relativamente baixo, o que contradiz com a gravidade da doença e, por outro lado, a colheita das amostras biológicas de expectoração é difícil, principalmente nos centros de saúde e nos hospitais distritais que atendem mais de 80 por cento da população nos países em desenvolvimento.
Entretanto, Ilesh Jani garantiu que, nos próximos dias, serão analisados os resultados finais da investigação em sete países, numa lista de que Moçambique fará parte. “A TB Speed trouxe várias inovações no diagnóstico da tuberculose, uma das quais é a análise feita em fezes”. (Marta Afonso