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segunda-feira, 11 fevereiro 2019 05:12

Empresários apelam ao Governo para pôr fim aos ataques dos insurgentes em Cabo Delgado

Através do presidente da CTA (Confederação das Associações Económicas de Moçambique), Agostinho Vuma, o sector empresarial privado nacional apelou ao Governo para que recorra a todos os meios de que dispõe com vista a pôr fim aos ataques perpetrados por grupos de insurgentes contra as populações de alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte do país.

 

Falando na passada sexta-feira no VII Conselho de Monitoria do Ambiente de Negócios (CMAN), um órgão superior de gestão e monitoria do diálogo público-privado liderado pelo Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário, e coordenado pelo Ministério da Indústria e Comércio, Vuma referiu que a ausência de uma rápida e eficaz intervenção do Executivo para acabar com a insurgência em Cabo Delgado poderá inviabilizar e retrair investimentos naquela região, sobretudo nos hidrocarbonetos, sector do gás em particular. 

 

De acordo com o timoneiro da CTA, os preocupantes acontecimentos em Cabo Delgado minam a boa imagem do país além-fronteiras, e condicionam a actividade empresarial nas áreas afectadas. “Por isso encorajamos o Governo a usar todos os seus meios ao seu alcance para a rápida solução desse caso que tende a alastrar-se semeando luto e terror no seio das comunidades, e retraindo a vontade de investimento naquela região”, disse Agostinho Vuma dirigindo-se ao Primeiro-Ministro em particular, com a clara intenção de ele servir de porta-voz da mensagem a todo o elenco governativo, incluindo o Presidente da República, Filipe Nyusi.

 

A intensificação dos ataques em Cabo Delgado levou a Anadarko Moçambique a procurar, através de um anúncio aberto, uma frota de seis viaturas blindadas, incluindo serviços de mecânica e gestão, para apoiar o seu projecto de LNG Mozambique na Bacia do Rovuma.  No referido anúncio, a Anadarko Moçambique destacava a urgência que tinha em adquirir aqueles meios. Desde Outubro de 2017 que grupos de insurgentes protagonizam ataques em Cabo Delgado, que já resultaram em mais de uma centena de mortos e avultados danos materiais, incluindo casas e viaturas que foram deliberadamente queimadas pelos atacantes.(Evaristo Chilingue)

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