Depois de “Carta” ter reportado, em Novembro último, que as comunidades do Posto Administrativo de Mapulanguene, no distrito de Magude, não recebiam o valor referente aos 20% provenientes das receitas de exploração da fauna bravia, naquele ponto do país, eis que as autoridades moçambicanas decidiram canalizar pouco mais de 800 mil Meticais às comunidades de Kumane e Capitine.
Assim, a Associação da Comunidade de Kumane recebeu 418.981,50 Meticais, enquanto a Associação Comité de Gestão de Recursos Naturais Nwana Deza de Capitine encaixou 386.050,00 meticais, valores provenientes das receitas de exploração de recursos faunísticos nas fazendas de bravio, localizadas naquele ponto do país.
A entrega do dinheiro aconteceu esta terça-feira, em Magude, numa cerimónia dirigida pela Secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo, que reconheceu ser um valor há muito aguardado pelas comunidades.
Para Vitória Diogo, o acto abre uma nova etapa na relação entre o Estado e aquelas comunidades, esperando que estas identifiquem a área de aplicação do valor. Diz esperar ainda que o fundo não seja fonte de conflito entre os membros da comunidade, mas “de união, alegria e paz”.
Entretanto, Marcelino Foloma, Gestor de Programas de Fauna Bravia no Fundo Mundial da Natureza, defende que as comunidades devem estar preparadas, organizadas, formadas e informadas para que possam continuar a receber os fundos e saberem aplicar nas suas prioridades. (Omardine Omar, em Magude)