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quinta-feira, 24 setembro 2020 08:06

Clima económico das empresas continua em queda por efeitos da crise

O Indicador do Clima Económico (ICE), que é a expressão qualitativa da confiança dos empresários, prolongou a trajectória descendente pelo quinto mês consecutivo, tendo o respectivo saldo, mais uma vez, atingido o mínimo da respectiva série temporal em Julho último.

 

Em boletim mensal designado “Indicadores de Confiança e de Clima Económico”, o Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que se em Junho a confiança dos empresários obteve 71,5 pontos, em Julho o indicador caiu para 73,2 pontos.

 

O INE explica que para o prolongamento da falta de confiança dos agentes económicos, no mês em análise, pesou a apreciação desfavorável das expectativas de emprego que vem diminuindo também pelo quinto mês consecutivo, facto que suplantou as apreciações positivas das perspectivas da procura no mesmo período de referência.

 

“Em termos sectoriais, o clima desfavorável em Julho continuou a ser influenciado pela avaliação negativa do indicador nos sectores de construção, dos transportes e dos outros serviços não financeiros, que suplantaram os sectores de alojamento e restauração, da produção industrial e de comércio que se apreciaram positivamente no período em análise”, detalha a autoridade estatística.

 

Mergulhados em crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o número de empresários que enfrenta dificuldades também vai aumentando. De acordo com dados do INE, em média, 63% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo, no mês de Julho, o que representou um aumento de 1% de empresas com limitação de actividade face ao mês anterior.

 

“Essa situação foi influenciada pelo incremento de empresas com limitação de actividade em todos os sectores, com excepção do sector de outros serviços não financeiros que diminuiu a proporção de empresas com limitação de actividade. Os sectores de alojamento e restauração, de transportes, da produção industrial e de comércio que viram mais de 55% das suas empresas afectadas por algum obstáculo no desempenho normal das suas actividades no período de referência”, justifica a fonte.

 

Em contrapartida, o INE observou que os sectores de construção e dos outros serviços não financeiros apresentaram menos de 55% das empresas com alguma limitação de actividade.

 

“Indicadores de Confiança e de Clima Económico” constitui uma publicação mensal sobre a conjuntura económica de Moçambique. O estudo expressa opinião dos agentes económicos (gestores de empresas) acerca da evolução corrente da sua actividade e perspectivas a curto prazo, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações da actividade. (Carta)

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