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terça-feira, 11 agosto 2020 07:13

Banco Central e FSDMoç esperam elevar inclusão financeira com capacitação de Fintechs

Numa altura em que a inclusão financeira continua baixa no país (cresceu de 40%, em 2014, para 54%, em 2019), o Banco de Moçambique, em parceria com a Financial Sector Deepening Mozambique (FSDMoç), tem estado, desde 2018, a desenvolver acções com vista a elevar ainda mais o número da população com acesso a serviços financeiros formais.

 

No âmbito dessas acções, inseridas na Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016-2022, que estabelece como metas para o sector financeiro atingir 60% da população adulta moçambicana, com acesso a serviços financeiros físicos ou electrónicos até 2022, o Banco Central e a FSDMoç, lançaram, esta segunda-feira (10), a segunda edição da Sandbox Regulatório, um projecto de incubação para as Fintechs (ou startups digitais que trabalham para inovar e optimizar serviços financeiros) desenvolvidas por empreendedores nacionais.

 

Falando no evento, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, explicou que, na primeira edição do Sandbox Regulatório, lançada em 2018, concorreram cinco Fintechs, tendo resultado na aprovação das empresas Robobo, Mukuru e Paytek. Aprovadas, as três entidades receberam ainda esta segunda-feira, do Banco Central, certificados de participação para numa fase posterior passar pelo processo de licenciamento.

 

Nesta segunda edição, o regulador do sistema financeiro moçambicano conta com a participação de sete Fintechs: Zazu Africa, Pyypl Group ltd, Trusty Computer Solutions, ACGEST, Smart Key Services, Paga e Pertence.

 

Na ocasião, Zandamela reiterou que o objectivo do projecto é responder aos desafios impostos pela inovação tecnológica virada para os serviços financeiros, sem negligenciar os desafios ligados à mitigação de riscos, estabilidade financeira, protecção do consumidor e conduta do mercado.

 

Por seu turno, a Directora Executiva da FSDMoç, Esselina Macome, enalteceu as acções da iniciativa, que são implementadas num contexto em que a pandemia da Covid-19, que assola o mundo inteiro, confirma que as plataformas e soluções digitais são a resposta actual de um futuro muito próximo.

 

Pela importância do projecto, Macome mostrou o comprometimento da FSDMoç de querer continuar a ser parceira do Banco de Moçambique, da Associação de FinTech de Moçambique e dos demais actores para o desenvolvimento dum ecossistema de serviços financeiros digitais mais robusto e fortemente dedicado aos mais desfavorecidas. (Evaristo Chilingue)

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