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segunda-feira, 01 junho 2020 06:47

LAM adia sine die retoma de voos a Lisboa

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A companhia de bandeira, Linha Aéreas de Moçambique (LAM), adiou a retoma de voos na rota Maputo-Lisboa, inicialmente prevista para amanhã, dia 02 de Junho corrente. Em causa está a falta de mercado devido à pandemia do novo coronavírus.

 

Sem previsão de quando a crise pandémica irá normalizar-se, a LAM também não precisa a data de regresso de voos ao velho continente, nove anos depois de ter sido banida do espaço aéreo europeu, junto de outras companhias moçambicanas por “graves deficiências detectadas na área da segurança”, conforme alegou na altura o Comité de Segurança Aérea da União Europeia.

 

“Já anunciamos que não vamos retomar. Estamos a empurrar para uma data por anunciar”, disse, na última sexta-feira (29 de Maio), o Director-geral da LAM, João Pó Jorge.

 

Em entrevista à “Carta”, Pó Jorge indicou a falta de mercado em plena crise provocada pela Covid-19, como principal motivo para o adiamento da retoma dos voos. Todavia, para além desse adiamento, o gestor garantiu não haver outra implicação da operação com a Hi-Fly, a companhia portuguesa privada com que a LAM pretende regressar a Europa.

 

Trata-se do segundo adiamento, tendo o primeiro acontecido a 31 de Março passado. Mês antes, lembre-se, a companhia de bandeira justificou o facto com a consecução tardia de autorização para aterragem no Aeroporto de Lisboa, capital de Portugal.

 

Dias depois do primeiro adiamento, o Jornal Canal de Moçambique revelou haver falta de um estudo de viabilidade da operação. Sendo o estudo muito importante para o negócio, à “Carta”, o Director-geral da LAM disse que os gestores da empresa irão realizá-lo, mas do momento não é possível, devido à falta de condições ao nível do mercado da aviação comercial.

 

Além da operação Maputo-Lisboa, Pó Jorge acrescentou que estão também adiados sine die, e pelo mesmo motivo, mais dois projectos, dos quais, um pretendia ligar Joanesburgo (África do Sul) e Vilankulo (Inhambane) e o outro pretendia conectar Joanesburgo-Pemba (Cabo Delgado), com foco nos profissionais dos megaprojectos do petróleo e gás em instalação naquela província nortenha do país.

 

A Covid-19 que, desde o dia 20 de Março passado já infectou, em Moçambique, 254 pessoas (dos quais 91 recuperadas) e matou duas pessoas, levou a LAM a cancelar pouco mais de 250 voos, facto que está a afectar severamente a tesouraria da empresa. (Evaristo Chilingue)

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