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segunda-feira, 09 março 2020 07:38

Moçambique duplica crescimento económico para 4,3% este ano - Fitch Solutions

A consultora Fitch Solutions previu ontem que a economia de Moçambique quase duplique este ano o crescimento de 2019, registando agora uma expansão de 4,3%, o que compara com os 2,2% do ano passado.

 

"No seguimento do abrandamento do PIB para 2,2% em 2019, prevemos que a economia de Moçambique se expanda 4,3% em 2020 e 4,4% em 2021", escrevem os analistas desta consultora detida pelo mesmo grupo que também é dono da agência de notação financeira 'Fitch Ratings.

 

No comentário, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que "no ano passado, os ciclones Idai e Kenneth, acrescidos de fortes chuvas, prejudicaram a produção agrícola e os rendimentos de 71,3% da força de trabalho, limitando o consumo privado e causaram perturbações à produção e exportação mineiras".

 

Ainda assim, acrescentam, "a expectativa é que o impacto dos ciclones seja temporário, com a atividade económica a recuperar nos próximos trimestres".

 

As exportações do setor do gás natural, afirmam, vão expandir-se fortemente em 2022, "mas vão continuar limitadas sem apoio orçamental externo", escrevem, lembrando que entre 2007 e 2016, uma média de 53,7% do investimento público teve financiamento externo, o que sustentou um crescimento do PIB de, em média, 6,7% nesse período".

 

Os analistas notam que o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o início de conversações relativamente a um programa de apoio financeiro é positivo e que "as reformas anexadas ao financiamento podem levar quer a um aumento da despesa pública, quer a uma melhoria no sentimento económico dos investidores externos, aumentando o crescimento económico moçambicano a longo prazo".

 

No entanto, concluem, "os riscos sobre esta previsão continuam elevados" devido às limitações nas infraestruturas e às preocupações sobre a corrupção e a insegurança, dado que "uma escalada na violência política ou na atividade dos insurgentes no norte do país pode limitar o investimento e adiar as exportações de gás natural liquefeito". (LUSA)

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